As lavouras de milho e soja da região sofrem com as condições climáticas de falta de chuva e seca. Na região da Emater-RS/Ascar em Passo Fundo, que atende 42 municípios, os prejuízos comprovados nas lavouras de milho já se aproximam de 90%. O que acarreta em um grande número de pedidos do Proagro e Seguro Agrícola, por parte dos produtores. Segundo o gerente regional da Emater, Dartanha Luiz Veck, os técnicos estão realizando trabalho a campo de levantamentos e laudos de imperícias, para quantificar as perdas.

“Os produtores estão sendo prejudicados com essa falta de chuva, principalmente na cultura do milho, que estaria nessa fase acontecendo a floração, enchimento de grãos, formação de espigas, e isso é prejudicado pela falta de umidade”, explicou. Segundo Dartanha, dos 42 municípios da região, 20 já solicitaram o Proagro. Cidades como Casca, Marau, Vila Maria, Lagoa dos Três Cantos, registram as maiores perdas. Já na região mais nordeste como Machadinho, São José do Ouro, as condições de chuva estão mais favoráveis para a cultura do milho.

 Muitos produtores optaram por derrubar as áreas de milho, para tentar com a janela de zoneamento agroclimático, que vai até o dia 31 de dezembro, plantar outras culturas, como a soja, feijão e safrinha de milho. “É uma alternativa para os produtores para não deixar essas lavouras vazias. Nesse sentido tivemos áreas que por opção do produtor e levantamento técnico, foi tomada a decisão de derrubar a lavoura e plantar outra cultura”, explicou Dartanha.

Os prejuízos nas lavouras de milho também impacta na bovino cultura. Como explica Dartanha, a cadeia de produção vai sofrer as consequências dos problemas que as lavouras enfrentam, pois não consegue espigas, grãos, o que prejudica a qualidade da alimentação animal.

“Não vai ter como produzir milho para silagem em condições normais. Milho de qualidade para um teor de proteína adequado para alimentação anima, com certeza esse também será um prejuízo futuro”, destacou.

Soja

A expectativa para que a safra de soja seja positiva, depende da chuva nos próximos meses. Segundo Dartanha, produtores que plantaram as sementes mais cedo estão sofrendo com a seca, mas aqueles que plantaram em um período mais tardio, ainda não contabilizam prejuízos.

“É uma quantidade muito pequena na região de lavouras de soja que estão sofrendo com o estresse hídrico. Temos a expectativa que volte a chover regularmente para que assim, as lavouras tenham condições de se recuperarem e produzirem”, pontou. Segundo a Emater, o histórico de chuva no mês de dezembro na região é de 170 milímetros, mas neste só foram registrados 52 milímetros.