Uma aventura de 700 quilômetros pelas águas do Rio Jacuí

Postado em 26 janeiro 2019 07:11 por JEAcontece
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De caiaque e prancha, dupla de Rio Pardo irá realizar a travessia de Passo Fundo a Porto Alegre com objetivo de conscientizar a preservação dos rios e do meio ambiente

Uma aventura pelas águas do Rio Jacuí será realizada, a partir desta semana, pela dupla Alexandre Machado da Silva e Cléverson Klafke Lassen.

De Rio Pardo, os aventureiros virão até Passo Fundo para iniciar a travessia na nascente do Rio Jacuí, entre Passo Fundo e Mato Castelhano, até Porto Alegre, de caiaque e prancha de Stand Up Paddle. Ao total, serão cerca de 700 quilômetros de expedição, numa atividade que deve durar entre 20 a 25 dias, conforme estipula a dupla.

O objetivo da aventura, segundo o professor de Stand Up Paddle e o técnico em agronomia, é conscientizar as pessoas sobre a importância de preservar os rios e o meio ambiente. De acordo com Alexandre Machado da Silva, a expedição é a forma de aproximar o contato com a natureza.

“É um fator que nos traz paz e tranquilidade para a prática desse esporte dentro da água. É algo que em outro lugar, o cara não consegue ter. Se nós encontrarmos um lugar bonito, vamos parar, curtir a paisagem. É um grande passeio. E além do nosso prazer, o princípio dessa remada é conscientizar as pessoas da preservação do meio ambiente, principalmente dos rios e das matas. Se não tiver essa preservação, também não podemos praticar o nosso esporte”, afirma. A prática de travessia pelas águas, apesar da distância, é considerada como um hobby, e não uma atividade profissional.

A distância entre a nascente do Rio até o seu fim tem 800 quilômetros. No entanto, a dupla não percorrerá todo o trajeto pela água. Em Espumoso, num trecho em que há corredeiras, Alexandre e Cléverson não atravessarão em razão de não contarem com equipamentos apropriados para o fluxo de água.

“A minha prancha e o caiaque dele não são para corredeira, mas para mar, rio. Então, vamos pular esse trecho e sair do rio. É provável que no total nós percorreremos entre 600 e 700 quilômetros até Porto Alegre”, declara Alexandre.
Essa não será a primeira expedição da dupla. Em março do ano passado, eles percorreram de Rio Pardo até Porto Alegre, num trecho de 150 quilômetros, pelo Rio Jacuí. Em Rio Pardo, por sua vez, a prática do esporte cresce cada vez mais. Os aventureiros participam de um grupo que realiza atividades na cidade. Mas para a expedição, apenas a dupla vai participar.

“Nós temos um grupo grande lá, mas quem topa essas aventuras, sou eu e meu colega. Nós dois que vamos para essas remadas mais extensas”, completa.

Em cada parada, é desejo da dupla aplicar a conscientização ambiental nas comunidades.

“Nós queremos parar, conversar com as pessoas. Falar que tem que ser cuidado. Se os rios não foram bem cuidados, ninguém poderá usufruir dele para se divertir. Mas o mais importante, ainda, é que as pessoas precisam dos rios para sustento das suas famílias. Tem muito pescador que precisa deles. Nossa intenção é alertar as pessoas quanto a isso”, enfatiza.

PREPARAÇÃO
A aventura pelas águas do Rio Jacuí requer uma grande preparação. Por isso, Alexandre da Silva relata que a preparação iniciou há alguns meses, com programação do trajeto.

A dupla irá levar mantimentos e equipamentos sobre a prancha e na parte interna do caiaque. Em alguns trechos, eles devem parar para abastecê-los com alimentos. Se no trajeto entre Rio Pardo e Porto Alegre foram três dias de expedição, agora a previsão é de 20 a 25 dias.

Em cada data, um percurso de 30 a 40 quilômetros deve ser realizado. Para isso, é necessária preparação física, mas, sobretudo, psicológica.

“Não é para marinheiro de primeira viagem”, brinca o professor de SUP. “Não é para quem está acostumado. Existe cansaço físico, mas principalmente o mental, que é muito forte. Na primeira travessia, fizemos 150 quilômetros em três dias e o esgotamento mental foi impressionante. Tu rema muitas vezes e não vê ninguém, apenas água e o céu. O psicológico tem que estar bem forte também, porque é o que mais desgasta”, conclui.

Diário da Manhã

Postado em 26 janeiro 2019 07:11 por JEAcontece
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