TAPERA – Vice-presidente da Cotrisoja relata viagem aos EUA

Postado em 09 setembro 2013 07:38 por JEAcontece
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O vice-presidente da Cotrisoja, José Gilberto Seibel, esteve participando de uma viagem aos Estados Unidos, de 23 de agosto a 01 de setembro, através da Monsanto Technology Tour. Confira seu relato:

Esta viagem pelo meio oeste americano numa região de alta produção de milho e soja, começou no estado de St. Louis, com visita a sede da Monsanto que possui uma estrutura impressionante, muita pesquisa em andamento e muitas novas tecnologias chegando ao campo. Na oportunidade, participamos da palestra com o presidente da Monsanto e o diretor de pesquisa, que apresentaram todos esses avanços dos últimos anos e novos desafios para continuidade na produção de alimentos para o mundo. O diretor da pesquisa fez uma observação que julga de extrema importância (que também são repassadas pela área técnica da cooperativa): – a área de refúgio nas lavouras com as novas tecnologia na semente, pois precisa ter a continuidade dos insetos.

Ainda tratando de pesquisa, agora na Universidade em Illinois, o palestrante e pesquisador, na sua apresentação deixou claro os avanços tecnológicos dos últimos anos e da certa resistência por parte dos produtores na implantação das novas tecnologias e um alerta a todos os participantes quanto a um problema crescente e preocupante com as plantas resistentes ao glifosato. Mostrou o avanço ano após ano em lavouras de soja e milho, até com abandono de lavouras principalmente de soja, trazendo prejuízos aos produtores, atualmente não tem solução eficaz desta situação e alertou que essa situação tende a crescer nos EUA e no Brasil.

Visitas nas propriedades em lavouras de milho e soja, no meio oeste americano onde a preferência é pelo plantio de milho, pois dá mais resultado. A soja entra mais pela rotação, conforme declarações dos produtores. Na maioria das propriedades fica em torno de 60% de milho e 40% de soja. Com terras escuras, mais uniformes, planas, áreas médias e grandes obtendo ótimas produtividades (como aqui, se o clima for favorável). Em uma outra propriedade, além do plantio de milho e soja é um dos maiores produtores de leite com vacas Jersey dos EUA com mais de 200 vacas semi-confinadas e ordenha totalmente automatizada. (www.tourmyfarm.com).

Visita numa das maiores feiras do EUA, a Farm Progress Show com muito maquinário e tecnologias novas .

Em Chicago, participamos de um palestra com um operador há muitos anos na bolsa de Chicago, que apresentou o funcionamento, suas complexidades, a cadeia de negociação que começa com as vendas do produtor, a participação dos compradores, dos fundos, rede de informações e nas decisões na hora da venda. Ele, que também é produtor de milho e soja, apesar de todas as informações acerta e erra na hora da venda, o mercado tem muitas variáveis durante o ano que mudam o mercado.

Quanto as quebras nas lavouras de milho e soja, que é a informação que todos nós produtores buscamos diariamente e que traz reflexos direto nas cotações, cabe ressaltar que a região de produção de grãos é muito grande, o nosso grupo passou vários estados no meio oeste americano, lá deu para observar e produtores e algumas instituições relataram que há cerca de 15 dias não chovia, muito calor e perdas em milho e soja. O milho indo para fase final e a soja no enchimento de grãos. Ambas as culturas com pequenas quebras, a produtividade vai depender das próximas chuvas.

Algumas observações:
Quanto as produtividades estamos competindo sem grandes diferenças, principalmente na soja, o produtor da região está investindo cada vez mais em tecnologia, seguindo orientações técnicas e a produtividade crescendo.

Na área de logística levam grande vantagem, praticamente tudo ferroviário e fluvial, não se vê carretas e bi trens.

O produtor americano se queixa da pouca representação política comprometida com o homem do campo.

A continuidade do êxodo rural (saída dos jovens americanos).

A velocidade nas rodovias sem loucuras, todos andando em torno 110km/h, com ótimas rodovias.

E concluindo, na comida sem ver o nosso feijão no almoço e pra quem gosta, um café super reforçado.

Portanto, foram dez dias vividos com muita intensidade, aprendizagem e muita informações.

(Por José Gilberto Seibel – Vice-presidente do Conselho de Administração da Cotrisoja)

Postado em 09 setembro 2013 07:38 por JEAcontece
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