TAPERA – Saiba a importância da inoculação e da coinoculação

Postado em 02 novembro 2016 07:20 por JEAcontece
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Técnica garante economia com adubação no início do ciclo e tem muita eficiência para garantir o aporte de Nitrogênio e maior Vigor das Plantas

A Cotrisoja busca para seus cooperados, através do acompanhamento do Depagro, tecnologias que tragam maior produtividade e, consequentemente, uma maior rentabilidade das propriedades, em especial na cultura da soja, que tem maior expressão na comercialização e na economia da região e do país.

Uma destas tecnologias é a Inoculação, a qual a Cooperativa tem parceria com a empresa Biosoja. A hora do plantio está chegando e um dos manejos mais importantes do pré-plantio é a inoculação, uma técnica barata que ajuda no desenvolvimento da planta. Mas nem todos os agricultores sabem para que serve a inoculação. A pesquisadora da Embrapa Soja Mariângela Hungria explica que existem algumas bactérias que conseguem se associar à cultura da soja. Essas bactérias (Rhizobiuns) atuam como uma fábrica de fertilizantes nitrogenados, elas conseguem capturar o nitrogênio que está no ar que nenhuma planta ou animal consegue pegar, transformam em amônia. A mesma amônia feita por uma fábrica de fertilizantes – diz Mariângela.
• Entenda o tratamento de sementes e sua importância

Cerca de 70% dos fertilizantes usados nas lavouras de soja no Brasil são importados. A cultura da Soja necessita de 83 Kg de Nitrogênio para produzir cada 1 tonelada do grão, ou seja, se pensarmos numa produtividade de 4.800 Kg.ha (80 sacas por hectare), serão necessários quase 400 Kg de Nitrogênio (aproximadamente 900 kg de Uréia Fertilizante).

Boas práticas de Inoculação com estirpes de Bradyrhizobium através do tratamento de sementes e/ou aplicação no sulco de plantio, além do fornecimento de Micronutrientes como Cobalto e Molibdênio e de Bioativadores (Extrato de Algas e Substâncias Húmicas), tornam mais eficiente o processo de Fixação Biológica de Nitrogênio, capaz de suprir até 95 % da necessidade do Nitrogênio para a cultura da Soja.

Os inoculantes são substratos líquidos ou sólidos (Turfa), que têm bilhões de bactérias (Unidades Formadoras de Colônias). Para cada hectare, o produtor pode misturar nas sementes de 60 a 200 ml de líquido ou 60 a 200 gramas em pó. Já, para aplicação via sulco de plantio o ideal é aplicar no mínimo 06 vezes a dose recomendada no TS.

Em geral, recomenda-se realizar a inoculação à sombra. Para melhorar a aderência da Turfa às sementes, deve-se aplicar solução de água com 10% de açúcar ou aditivo adesionante recomendado pela indústria. Também há aditivos que possibilitam a Pré-inoculação, ou seja, possibilitam realizar o tratamento dos químicos (fungicidas e inseticidas) junto com inoculantes até 10 antes do plantio, garantindo a sobrevivência das bactérias.

A Reinoculação deve ser feita anualmente para maximizar os benefícios proporcionados pelos microrganismos, resultando em incrementos médios superiores a 8 % no rendimento de soja. Vide tabela abaixo:
• HYPERLINK “http://www.projetosojabrasil.com.br/tratamento-de-sementes-importancia/”O que é HYPERLINK “http://www.projetosojabrasil.com.br/tratamento-de-sementes-importancia/”Coinoculação

Os pesquisadores da Embrapa com a colaboração de empresas produtoras de inoculantes, desenvolveram novas modalidades de bactérias que ajudam na fixação do nitrogênio e que ajudam na produção de hormônios de crescimento de planta nas raízes das plantas.

A Coinoculação representa uma inovação tecnológica para a agricultura brasileira. Consiste em adicionar mais de um microrganismo reconhecidamente benéfico às plantas, visando maximizar a contribuição dos mesmos. Combina uma prática já bem conhecida dos produtores: a inoculação das sementes de soja e do feijoeiro com bactérias fixadoras de nitrogênio (N), conhecidas como rizóbios, com o uso do Azospirillum, uma bactéria até então conhecida por sua ação promotora de crescimento em gramíneas.

Mas como funciona? Os mecanismos de ação dos rizóbios e do Azospirillum são distintos. No caso desse novo microrganismo, os benefícios advêm, principalmente, da produção de fitormônios, com grande impacto no crescimento das raízes.

Os rizóbios contribuem com o suprimento de nitrogênio e os benefícios adicionais pela coinoculação com Azospirillum incluem o melhor estado nutricional das plantas e maior tolerância a parcialmente, também no feijoeiro. O maior sistema radicular resulta em maior absorção e/ou aproveitamento de água e nutrientes. Em relação à água, tem-se como resultado menor suscetibilidade a estresses hídricos. Quanto aos nutrientes, observa-se maior vigor das plantas e equilíbrio nutricional, pelo melhor aproveitamento dos nutrientes do solo e dos fertilizantes. Cabe, ainda, observar que o maior desenvolvimento radicular com Azospirillum também resulta em maior nodulação e, consequentemente, maior contribuição da fixação biológica do nitrogênio.

Para demonstrar os resultados desta técnica, o Depagro está realizando trabalhos através de áreas onde serão realizados Tardes de Campo, a fim de posicionar o produtor sobre a importância destas novas tecnologias.

(GERSON SCHIAVO – engenheiro agrônomo)

Postado em 02 novembro 2016 07:20 por JEAcontece
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