Com plantio comercial liberado, mas disponível apenas para testes até que a China aceite sua tecnologia, a soja Intacta RR2 PRO será atração nas feiras agrícolas deste ano. É o que mostra a movimentação em torno dos estandes e as conversas entre produtores no primeiro dia da Showtec, evento da Fundação MS que começou na quarta-feira (23), em Maracaju, capital da soja de Mato Grosso do Sul. A soja vai facilitar o combate às lagartas, que ampliaram seus ataques às plantações nesta safra.
Não há previsão para que a China tome uma posição, mas isso pode ocorrer nos próximos dias, nos próximos meses, disse Adriano Silva, supervisor comercial da nova soja da Monsanto em Mato Grosso do Sul. Hoje a empresa tem mil campos com essa semente no Brasil. Essa conta não inclui as áreas de empresas licenciadas como a Coodetec, cooperativa de pesquisa agrícola com sede em Cascavel que tem 30 campos de Intacta RR2 PRO em Mato Grosso do Sul.
“Temos três novas variedades com essa nova tecnologia”, contou Zenobio Francisco Festa Jr., agrônomo da Coodetec que faz plantão na Showtec. A apresentação dessas variedades indica que a aprovação chinesa é uma aposta também das empresas que licenciaram a tecnologia. A Coodetec será fornecedora de sementes para os multiplicadores que vão atender à demanda dos produtores de soja.
Os produtores se envolvem nas discussões sobre a nova soja em encontros organizados pela própria Monsanto, que busca transformar a experiência de quem já plantou em aprendizado. Uma das diferenças da tecnologia é a exigência de área de refúgio de 20%. O produtor terá de plantar outro tipo de semente nessa parcela para preservar a tecnologia Bt, de resistência a insetos.
Os debates, marcados pela expectativa de aumento de no mínimo 10% em produtividade, serão realizados também no Show Rural, feira técnica que a Coopavel realiza em Cascavel (PR) de 4 a 8 de fevereiro.
Rodrigo Silva afirma que, apesar de haver bem mais campos de soja Intacta RR2 PRO (o dobro, em âmbito nacional), a Monsanto controla totalmente o plantio e a colheita para que não haja risco de os grãos serem misturados às cargas de exportação. Após a colheita, se não houver autorização chinesa, o material deve ser destruído nas próprias fazendas, com trituradores, e espalhado no solo.
A Soja Intacta vai ser tema de uma das estações da Noite de Campo que a Cotrisoja vai realizar no próximo dia 06, em Tapera.
(Assessoria de Imprensa – Cotrisoja)
