TAPERA – Importância da área de refúgio

Postado em 05 novembro 2015 15:02 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

O plantio e a manutenção das áreas de refúgio representa o principal componente do plano de Manejo de Resistência de Insetos (MRI) das variedades de soja Bt. O plantio da área faz parte das estratégias de manejo de resistência de insetos-pragas em lavouras que utilizam a tecnologia Bt, ou seja, cultivares resistentes às pragas.

De acordo com o Técnico Agrícola Leomar Dresch, a falta de conhecimento com relação as áreas de refúgio faz com que muitos agricultores cultivem a técnologia com resistência às lagartas de maneira errada. “O produtor tem que estar ciente de que a área de refúgio é a principal estratégia que ele tem para evitar a quebra de resistência dos transgênicos, mantendo o equilíbrio ecológico e a produtividade das lavouras”.

O refúgio é uma parte da lavoura de soja intacta RR2 Pro, com soja não Bt (soja RR1 ou convencional), que consiste no cultivo de plantas não Bt próxima à cultura com resistência a insetos. Essa área tem a função de produzir insetos suscetíveis às proteínas inseticidas Bt. Os insetos oriundos dessa área poderão se acasalar com os insetos sobreviventes das áreas plantadas com soja Bt, possibilitando a manutenção da suscetibilidade a toxina Bt.

A recomendação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é plantar 80% da área com sementes transgênicas e 20% da convencional, independentemente da tecnologia utilizada, mantendo uma distância de 800 metros entre elas. Uma vez que o produtor optar em plantar soja intacta RR2 Pro, e assinar o acordo de licenciamento da tecnologia, ele reconhece que a área de refúgio é essencial para a preservação da tecnologia, e se compromete a realizá-lo.

Opções de configuração de Refúgio
A disposição das áreas de refúgio será determinada de acordo com o tamanho e formato da propriedade (ou dos talhões, no caso de grandes áreas), sempre respeitando o tamanho mínimo do refúgio (pelo menos 20% da área de soja) e o limite máximo de 800 metros entre as plantas de soja Bt e as de soja não Bt presentes na área de refúgio.

Existem diferentes alternativas para a distribuição: área, bloco e perímetro. Porém fica a cargo do agricultor a configuração que considerar mais adequada para as condições locais dos talhões de plantio. “O produtor que não utilizar a prática do manejo da resistência será a primeira vítima da quebra da defesa, não obtendo controle de pragas-alvo. Portanto, a utilização da área de refúgio é essencial para garantir a manutenção da funcionalidade e da durabilidade da tecnologia Bt”, finaliza Dresch.

(Janaína Schreiner – Coordenadora de Comunicação e Marketing)

Postado em 05 novembro 2015 15:02 por JEAcontece
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