TAPERA – Cooperativismo: um estilo de vida que se aprende desde pequeno

Postado em 16 novembro 2016 08:06 por JEAcontece
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“Alegrias, conquistas, vitórias e histórias de superação foram conquistadas com persistência e muito trabalho após frustrações e intempéries. Só por isso vale a pena viver”, declarou Luiz Romano Bogorny.

Mas a vida é uma verdadeira escola que ensina, em qualquer fase da vida, a viver. A família de Luiz Romano Bogorny, de onze irmãos, ao falecer a mãe, quando o filho mais velho tinha 16 anos e Luiz tinha apenas 7, teve que encontrar uma alternativa para não deixar a situação ficar mais difícil porque eram pobres.

“A situação vivida pela família criou a necessidade de praticar a ajuda mútua, em outras palavras, o cooperativismo, porque, caso contrário, isoladamente não iríamos superar aquele momento difícil. Era preciso praticar a solidariedade entre os irmãos para obter a sobrevivência e progredir.”

Luiz Romano Bogorny, residente em Bela Vista, Selbach/RS, conta, com orgulho, que já naquela época, mesmo com pouca idade, derrubava mato a machado e lavrava com arado de boi. Ele lembra que, em muitos momentos, trabalhava inclusive até de madrugada naqueles tempos de trabalho braçal.

“Com 12 anos eu já vendia produto no bloco. Porque poucos compravam soja por aqui, levei uma carga a Lajeado. E a vida foi me ensinando e eu fui e estou aprendendo. Sou uma pessoa curiosa”.

Mesmo sofrendo sérios acidentes decorrentes de sua atividade, inclusive alguns com risco de morte, Bogorny, como é conhecido, sobreviveu a todos eles e está com disposição para ainda trabalhar.

“Muitas vezes na vida e na minha atividade eu tive que ousar, apostar e arriscar procedimentos, investimentos e decisões para que a atividade pudesse ser viável e obter retorno. Com e por isso cheguei a ser destaque na atividade como Recordista Sul-americano de Produção de leite e receber visita de trinta e seis países e de grupos da região toda”.

Ele conta que quando tinha dezesseis anos foi realizada a primeira inseminação artificial na propriedade. Hoje isso é natural e necessário para aprimorar a genética dos animais. Porém, naquela época, esse fato era algo fora do comum.

Recorda que o pai trancou todos os filhos dentro de casa para que não tivessem conhecimento do procedimento. Também narra que a primeira irrigação na propriedade há mais de vinte anos foi instalada de um dia para o outro para poder oferecer alimento para os animais para que pudessem produzir mais leite.

Com o resultado positivo obtido por conta de seu planejamento, controle dos investimentos e gastos, do manuseio da área, realizou duas viagens à Europa para buscar mais informações e conferir a prática cooperativista no Velho Mundo. Convém destacar que eram apenas dezoito hectares próprios e mais alguns hectares arrendados que chamavam a atenção pelos resultados produzidos.

“Eu aprendi a prática do cooperativismo na família, quando criança ainda. E é de pequeno que se aprende a praticar a ajuda: a criança que divide os brinquedos com os colegas… Deve-se trabalhar os fundamentos do cooperativismo com as crianças, pois o sistema oferece oportunidades e experiências de ação e reação: a ação é direcionada para a prática do bem para todos e a reação surge quando é praticada alguma atitude negativa. Eu tenho duas frustrações: eu queria ser sócio fundador da Cotrisoja e do Sicredi de Tapera. Fui impedido por familiares que não acreditavam no cooperativismo. Fiquei muito triste. Além de trabalhar as crianças, o sistema cooperativista pode e deve ser praticado na família, na igreja, na sociedade, no clube esportivo porque são sempre as mesmas pessoas envolvidas. Ninguém deveria ficar fora do sistema cooperativista”.

Ao falar sobre a nova Cooperativa ele afirma que “ela está fantástica depois de um período conturbado. Sempre e ainda hoje ela baliza os preços, dá emprego e retorno aos municípios onde se encontra, presta assistência durante o ano todo e lá também se encontra amigos. Minha nota hoje é 10 porque minha parceria com ela sempre foi extraordinária”.

E ele encerrou a conversa dizendo que “o nosso país está envolvido pela corrupção. Olhe para a nossa Cotrisoja: ela é exemplo de seriedade e honestidade não só para o Brasil, mas também para o mundo”.

(Assessoria de Comunicação da Cotrisoja)

Postado em 16 novembro 2016 08:06 por JEAcontece
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