Devido à seriedade da doença Mormo, a Prefeitura Municipal de Tapera esteve reunida com representantes da Sociedade Hípica Amigos do cavalo, Grupo Folclórico Piazito Gaudério e CTG Guido Mombelli na manhã desta quinta-feira, 10/09. Na oportunidade, o grupo decidiu como procederá nos eventos que envolvem equinos, como cavalgadas, rodeios, entre outros.

A Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária não proibiu a realização de eventos como desfile farroupilha, rodeios e cavalgadas, mas segue a determinação da legislação federal para que a doença não se espalhe, prevenindo assim tanto a saúde animal quanto pública, já que o mormo é uma doença fatal, sem cura e transmissível para seres humanos e em 100% dos casos leva a óbito.

Em Tapera, a permanência e trânsito de equinos no Parque de Exposições está sendo controlada. Ou seja, apenas os cavalos registrados na Sociedade Hípica do Cavalo poderão circular no parque, desde que apresentem os documentos necessários. “No rodeio que acontecerá entre 02 e 04 de outubro, haverá fiscalização de todos os animais, sendo necessária a apresentação dos exames e da Guia de Trânsito Animal – GTA”, explicou Jorge Quadros.

O Mormo ou Lamparão, é uma doença infectocontagiosa causada pelo Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Para realização de eventos que envolvem os cavalos, como rodeios, cavalgadas e etc, estão sendo solicitadas a Guia de Transporte Animal (GTA) e testes atualizados de anemia infecciosa, influenza e mormo.

A doença manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia, etc. Os animais contraem o mormo pelo contato com material infectante do doente: pus; secreção nasal; urina ou fezes.

A contaminação acontece pelo contato com material infectante (pus, secreção nasal, urina ou fezes). O agente penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (por lesão). O germe cai na circulação sanguínea e depois alcança os órgãos, principalmente pulmões e fígado.

Os animais suspeitos devem ser isolados e submetidos à prova complementar de maleina, sendo realizada e interpretada por um veterinário do serviço oficial. Se reagirem positivamente, os animais deverão ser sacrificados, sendo necessária a cremação dos cadáveres no próprio local e desinfecção de todo o material que esteve em contato com eles e dos alojamentos.

(Michelle Corazza – Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Tapera)