TAPERA – A importância da água para o gado leiteiro

Postado em 17 novembro 2016 10:03 por JEAcontece
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Muito importante para a terneira após ingerir o colostro é a água, um componente essencial da dieta assim como as proteínas, os carboidratos, os minerais e as vitaminas.

Nada substitui a água e a sua falta afeta o metabolismo do animal, aumentando sua predisposição para doenças, isto porque todas as reações bioquímicas do organismo ocorrem em ambiente aquoso. Devemos disponibilizar água para a terneira desde o primeiro dia de vida.

Em animais em crescimento não é fácil medir o quanto de água é necessário, mas sabe-se que existe prejuízo no desenvolvimento desse animal se houver falta. Por isso, devemos ter sempre água à vontade em recipiente apropriado e limpo.

Na fase adulta, já como vaca de leite, a água continua sendo de fundamental importância para a função de nutrição dos tecidos e compensar as perdas ocorridas pelo leite, saliva, evaporação (suor e respiração), fezes, urina e também para manter a temperatura do corpo e dos órgãos internos.

O consumo de água deve ocorrer várias vezes ao dia. Nas vacas em lactação esse consumo depende de vários fatores: estado fisiológico, produção de leite, peso corporal e consumo de matéria seca. A composição da dieta, o clima e a qualidade da água são outros fatores também importantes. Durante os meses mais quentes as vacas em lactação sofrem com o estresse calórico e nas temperaturas acima de 30ºC aumentam a ingestão de água.

Devemos assegurar acesso fácil à água para as vacas que devem dispor de opções na espera e na saída da sala de ordenha. Para isso, devemos usar bebedouros grandes com boias de alta vazão para que todos os animais bebam à vontade. Uma vaca pode tomar até 150 litros por dia, porém, se o acesso for difícil e com água suja, o consumo fica muito menor.

Os principais contaminantes da água são as bactérias do grupo coliformes que podem causar distúrbios digestivos como diarreias e também mastites.

Quando contaminada, a água compromete a qualidade do leite, elevando a contagem bacteriana.

As águas de córregos e até mesmos açudes geralmente são barrentas e podem levar a distúrbios no rúmen e retículo afetando a digestibilidade e ruminação. O animal deve consumir água limpa na temperatura adequada sem a presença de componentes indesejáveis como estercos, barro e restos de alimentos.

Estive visitando algumas propriedades da área de atuação da Cotrisoja verificando a oferta de água aos animais e constatei que os produtores oferecem água potável de boa qualidade aos animais, porém, em muitas propriedades há pouca oferta porque os bebedouros são pequenos, havendo muita concorrência na hora de tomar água, o que não é bom, porque muitos animais não tomam a quantidade que gostariam ou precisariam e assim se torna um fator limitante na produção.

Acredito que devemos rever em muitas propriedades essa oferta de água, de maneira que os animais tenham mais e maiores bebedouros com água potável para que possam tomar à vontade e sem restrições. Com isso certamente haverá melhor desempenho do rebanho aumentando consideravelmente a produção de leite.

(Ruben Martinez – médico veterinário – adaptação da revista Balde Branco)

Postado em 17 novembro 2016 10:03 por JEAcontece
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