Orientação é que carros Flex utilizem etanol, enquanto ainda haver estoque
A paralisação dos caminhoneiros provoca graves transtornos no fornecimento de combustíveis no interior do Rio Grande do Sul. De acordo com o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado (Sulpetro), Adão Oliveira, cerca de 60% dos estabelecimentos do interior estão sem combustível.
“Tem certas distribuidoras que não estão nem carregando mais os caminhões. Porque não adianta carregar os veículos, se eles vão ficar retidos. A gasolina comum é a primeira a terminar. Depois passaram a abastecer com a aditivada, que também está acabando. Alguns estabelecimentos não estão atendendo, porque não têm combustíveis”, salientou.
A orientação do Sulpetro é que os carros Flex utilizem etanol, enquanto ainda haver estoque. As regiões mais afetadas pela falta de combustíveis são Missões e Sul. No Norte do Estado, Passo Fundo é um dos poucos locais onde os motoristas ainda encontram combustíveis. Questionado sobre um possível aumento de preço nos valores do litro da gasolina, etanol e diesel, Adão Oliveira garantiu que o mais importante é tentar desobstruir as estradas.
“De nada adianta o posto aumentar o preço do litro se não tiver qualquer tipo de combustível. Nossa primeira preocupação é voltar a atender os consumidores”, disse.
A manifestação dos caminhoneiros começou na última segunda-feira. Centenas de rodovias em todo o país estão bloqueadas pela categoria, que pede, entre outras reivindicações, a diminuição no preço do litro do óleo diesel pelo governo federal.
(Correio do Povo)