Acusação solicitou espaço para falar após defesa se manifestar na Rádio Cristal

Após o protesto contra o abuso de autoridade feito em Soledade no domingo, 06/07, onde a advogada de defesa do acusado de tentar matar um policial militar à paisana foi ouvida pela Rádio Cristal em relação ao movimento e ao andamento do processo.

O assistente de acusação, Robson Lazzari, dentro dos princípios da isonomia, pediu um espaço na emissora que foi disponibilizado nesta terça-feira, 08/08, para falar a versão da acusação pudesse ser passado.

Robson enfatizou que neste momento o inquérito foi aceito pelo Poder Judiciário por uma tentativa de homicídio do acusado contra o sargento da Brigada Militar que fora agredido.

Em relação à manifestação, o advogado falou que o protesto é legítimo pois vive-se um estado democrático de direito, mas que ao mesmo tempo, as forças de segurança devem ser respeitadas.

“Eu, como toda a força policial, queria colocar uma faixa ao lado daquela que dizia contra o abuso de autoridade, ‘pelo respeito às forças de segurança’. Precisamos respeitar a Polícia Civil e a Brigada Militar”, afirmou Lazzari.

Uma das principais alegações da defesa, conforme a acusação, é que houve um abuso de autoridade naquele momento, em especial, não permitindo que o acusado entrasse na cabine do caminhão.

Lazzari enfatizou que o sargento da Brigada Militar se manteve inerte a todas as acusações contra ele deflagradas nas redes sociais, mas ressaltando que só estava, durante a abordagem referida em comentários, exercendo seu trabalho.

Os policiais, segundo Robson, conheciam o acusado de um caso em 2013 ao qual o motorista teria respondido um termo circunstanciado em relação a um desacato à policiais militares por uma abordagem policial e por isso, não teriam permitido o ingresso à cabine.

Dias após a abordagem, o acusado teria postado em seu perfil do Facebook que um abuso teria ocorrido naquele fato se referindo com palavras de baixo calão aos policiais e, em comentários, amigos e familiares teriam incentivado que ele “não poderia deixar assim”.

Quanto à agressão, Robson afirmou que não tratou-se de um encontro casual, como defendido pela defesa do acusado. “Ninguém se encontra com outra pessoa com um pedaço de madeira na mão e desfere golpes na cabeça”, finalizou Robson.

O agressor responde pelo crime de tentativa de homicídio em regime fechado no Presídio Estadual de Soledade. A defesa já realizou dois pedidos de habeas corpus, negados pela Justiça.

Rádio Cristal