Jeverson Kosmann de Lima, 26 anos, foi condenado a pena de 6 anos e 8 meses de reclusão, em regime semiaberto, por tentativa de homicídio simples. A decisão foi prolatada pela Júiza de Direito, Karen Pinheiro, que presidiu o júri, realizado na última sexta-feira, 24/11, no foro da comarca de Soledade. Além deste crime, Jeverson respondia também por dois agravantes, o de violência sexual e tentativa de aborto, aos quais foi absolvido.

O Promotor de Justiça Bil Scherer, que desta vez atuou na parte de acusação, explica que a promotoria pública pode também em outras ocasiões solicitar a absolvição, desclassificação ou qualquer outro resultado. Contudo desta vez, houve a condenação do réu e o recurso por parte da acusação ocorreu, ainda no plenário do júri, sendo que a agora a decisão cabe ao Tribunal de Justiça, já que a promotoria trabalhou e sustentou em todo o tempo a situação de Homicídio Duplamente Qualificado e não o simples como apresentou-se.

O Defensor Público Rafael Pedro Magagnin, explica que a tese sustentada nesta oportunidade, foi para que houvesse redução para lesões corporais graves, o que não ocorreu, devido a decisão dos jurados que entenderam se tratar de uma tentativa de homicídio. O Promotor considera o resultado nesse sentido, não muito louvável, todavia, em relação aos demais agravantes, estes foram considerados positivos.

A defesa irá solicitar redução maior da pena e a classificação do regime para aberto ou liberdade condicional. Porém, como o próprio Magagnin, salientou, tudo depende do andamento do PEC, ou seja, o Processo de Execução Penal.
O fato:

Em 06 de junho de 2015, na Rua Treze de maio, 1790, no Bairro Botucaraí, Soledade, às 2h, o acusado Jeverson Kossmann de Lima entrou na residência Dionéia Pereira (vítima), quando realizou proposta a esta de prática sexual, porém ela negou-se, devido ao acusado não possuir dinheiro e nem um tipo de entorpecente para lhe oferecer em troca de tal ação, já que ambos são usuários de drogas. Com isso, após o ato sexual efetuado sem o consentimento da vítima, Jeverson amarrou pés e mãos de Dionéia e em seguida a esfaqueou no pescoço e no ombro direito. A vítima estava grávida de seis meses e deu à luz a criança.

O reú permaneceu até a data do julgamento, preso preventivamente, durante 2 anos e cinco meses e isso poderá auxilia-lo na redução da pena.

Rádio Soledade