Grupo de prefeitos participou de audiência pública na sexta-feira (20) destacando ações regionais feitas para que a casa de saúde mantenha as portas abertas.
“Não há possibilidade alguma do Hospital Frei Clemente fechar suas portas. Não deixaremos isso acontecer”. Esta foi a afirmação do presidente da Associação dos Municípios do Alto da Serra do Botucaraí – AMASBI e também prefeito de Soledade, Paulo Ricardo Cattaneo, durante audiência pública realizada pelo poder judiciário na sexta-feira, 20/10, para debater a situação do Hospital de Caridade Frei Clemente, que enfrenta sérias dificuldades financeiras. Além de Cattaneo, participaram do ato os prefeitos de Barros Cassal, Fontoura Xavier, Ibirapuitã, Mormaço e Tio Hugo, municípios estes que possuem convênio com a casa de saúde, sediada na Capital das Pedras Preciosas.
Os gestores relataram que existe uma preocupação constante com o Hospital, mas também um empenho ininterrupto para a manutenção da casa de saúde. Neste sentido, mesmo com dificuldades financeiras, os municípios aumentaram os valores dos contratos no início deste ano. Também relatou o presidente, que em uma viagem a Brasília no último mês foram solicitadas emendas parlamentares para custeio das atividades diárias do nosocômio.
Paralelo a isso, o presidente da AMASBI, destacou que os prefeitos decidiram em assembleia na última semana, que a Associação irá fazer um estudo de mercado para a contratação de uma consultoria especializada em saúde, que poderá apontar estratégias de gestão para o Frei Clemente bem como para as secretarias de saúde dos municípios que integram a entidade. Outra ação da AMASBI na área de saúde, foi a articulação de uma audiência com o secretário estadual de saúde, João Gabbardo dos Reis, onde o assunto principal será o repasse financeiro aos municípios e também aos hospitais. O encontro com Gabbardo ocorrerá no dia 31/10, na sede da SES em Porto Alegre. Um significativo número de lideranças regionais deverá participar o evento. “Queremos mostrar o caos que estamos enfrentando devido ao atraso de repasses tanto para as prefeituras e também para as casas de saúde. As prefeituras enfrentam dificuldades cada dia maiores, e sem recursos fica impossível de atender a nossa população, mas não vamos esmorecer, vamos juntos manter condições dignas de saúde, seja nos municípios e também no Frei Clemente, que é o nosso hospital regional”, enfatizou Cattaneo.
Além da fala de Cattaneo, todos os demais prefeitos presentes no ato destacaram que as prefeituras estão literalmente “enforcadas”, especialmente pela redução de receitas, o que faz com que os gestores tenham que usar os parcos recursos de outras áreas, para atender a demanda em saúde.
Na audiência pública foi formada uma comissão, integrada por representantes de diversos segmentos, e que irá formatar ações como eventos, campanhas e outras atividades para que o hospital possa se manter. O foco emergencial do grupo é viabilizar receitas para o pagamento de um mês dos salários dos servidores do hospital. O presidente da AMASBI também irá fazer parte deste grupo de trabalho.
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