Nesta década de existência, a entidade acolheu mais de 1 mil cães e foram contabilizadas em torno de 500 adoções com termo
Após 10 anos dedicados ao cuidado da causa animal, a Associação de Proteção aos Animais de Soledade (APAS) encerrou suas atividades neste dia 31 de outubro de 2017. Neste período em que esteve atuante na comunidade soledadense, foram acolhidos mais de 1 mil cães e contabilizado em torno de 500 adoções com termo.
Agora, as voluntárias lutam para que os 7 animais que ainda se encontram abrigados na sede da entidade tenham um lar. “O prazo final para entrega do imóvel é dia 1º de novembro, mas pedimos ao proprietário mais 10 dias para encontrar local e pessoas que cuidem destes animaizinhos”, comenta a voluntária Maria Alvina Brum.
Ela diz que foram apresentadas diversas alternativas ao poder público. “Nosso intuito era abrigar estes cães em algum local, como na antiga Febem, porém não foi possível. Outras possibilidades igualmente foram cogitadas por nós, mas sem sucesso. Agora esperamos que também venham sugestões do poder público para solucionar esta situação”, assinalou.
O dia 10 de novembro é o prazo máximo para que as voluntárias entreguem o imóvel. “Isso quer dizer que temos que encontrar um lar para estes animais até esta data, do contrário teremos que devolvê-los às ruas. Todas nós já abrigamos inúmeros cães em nossas casas e precisamos de pessoas de bom coração, caridosas e dispostas a oferecer carinho e atenção a estes cãezinhos”, aduziu.
Paula Triches lembra que foram 10 anos de árduo trabalho. “Encerramos as atividades por não ver perspectivas de melhoras, na falta de pessoas para ajudar, de políticas públicas, bem como de punições. Nossa frustração foi maior que até nosso próprio sonho”, lamentou a voluntária da APAS.
As integrantes da entidade lembram de ações positivas registradas ao longo destes 10 anos. Uma delas foi recente, onde as EMEIs Missões e Jurema Ortiz Porto, bem como uma diretora de uma escola municipal, adoraram um animalzinho cada. “Assim começamos a crer que é possível, desde pequenos, trabalhar o cuidado com os animais e a guarda responsável”, disse.
Elas também destacam que desde 2014 foram castrados cerca de 200 cães, via projeto junto a Vara de Execuções Criminais, que destinava recursos para esse fim. Além disso, muitas voluntárias, por iniciativa própria, também pagaram com seu próprio dinheiro este procedimento.
Passados estes 10 dias até a entrega do imóvel, as responsáveis vão realizar a prestação de contas da entidade, bem como dar a baixa no CNPJ, extinguindo, de fato, a Associação de Proteção aos Animais de Soledade (APAS).
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