Soja: Safra cheia e preço alto

Postado em 10 junho 2013 08:08 por JEAcontece
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O otimismo em relação à safra de soja imperou desde que começamos a implantar a cultura em outubro e novembro de 2012. Apesar da garantia dos meteorologistas de que não estaríamos a mercê de nenhum fenômeno devastador como El Niño, La Niña ou algo do gênero, que parecem mancomunar e revezar seus ataques catastróficos à agricultura, preocupações foram inevitáveis, principalmente com o clima que no ano anterior reduziu drasticamente a produção dos nossos campos.

Entramos janeiro e fevereiro ainda com dúvidas em relação ao rendimento que teríamos. Não bastasse a sombra de 2012, um ano para ser esquecido, o fantasma da ferrugem asiática apareceu para nos tirar o sono.

Porém, com o inicio da colheita veio também o alívio. Em muitos casos, o rendimento das lavouras superou as expectativas, em outros, claro, nem tanto. O fato é que, no geral, tivemos uma média satisfatória e bom rendimento. Com isso, produtor e cooperativa começaram o ano em abril com colheitas confirmadas, produtos estocados à espera do melhor momento para a comercialização e motivos de sobra para comemorar. A propósito, a Cotrisoja atingiu nesta safra um dos maiores volumes de recebimento de grãos da história, o que confirma a força da parceria que mantêm com seus associados e clientes.

Obviamente altos rendimentos não dependem somente do clima. Os bons resultados também atribuem-se à maior experiência dos produtores que investem cada vez mais em tecnologia, outro fator relevante para o aumento do rendimento nas lavouras.

Assim, ajudamos o Brasil a colher mais de 81 milhões de toneladas e o Rio Grande do Sul a ultrapassar as 12 milhões de toneladas de soja na safra 2012/13. Não restam dúvidas, os bons ventos sopram a nosso favor. Em meio a um caos logístico que prejudica extremamente o escoamento da excelente safra, a desgraça dos americanos resulta em fôlego para os produtores brasileiros que se sentiam estrangulados pelo encarecimento do frete e cancelamentos de compra pela China. Ocorre que o excesso de chuvas nos Estados Unidos entrava a implantação das lavouras, o que leva ao aumento no preço da commoditie diante da queda na estimativa de produtividade naquele país. Mas o melhor do preço bom é que grande parte da soja colhida aqui ainda está nas mãos dos produtores para ser negociada.

É por tudo isso que a satisfação dos agricultores só aumenta. E é por isso que nos orgulhamos em trabalhar com o agronegócio. No entanto, vale o alerta: cuidado com a euforia. Nunca podemos esperar demais pelo topo dos preços para comercializarmos a produção, visto que só o enxergaremos quando tiver passado. Lembre-se, fazer travas, garantir boas médias de preço e escalonar a comercialização dos nossos produtos é sempre um bom negócio.

DILCAR COLOMBO
Gerente de Negócios da Cotrisoja

Postado em 10 junho 2013 08:08 por JEAcontece
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