Senador gaúcho defende adoção de medidas sanitárias contra a Covid-19. Por outro lado, acredita que preservação do emprego e renda também é importante
O senador pelo Progressistas-RS, Luiz Carlos Heinze, concedeu entrevista à Rádio Diário AM 780 na manhã desta terça-feira (16) para opinar sobre várias temáticas envolvendo a pandemia de Covid-19. O parlamentar destacou que não adotaria medidas de fechamento do comércio no Rio Grande do Sul, uma vez que para ele a economia precisa ser preservada assim como a saúde.
“Estamos acompanhando protestos, carreatas do pessoal ligado ao comércio e aos serviços. Penso que temos que conciliar o trabalho com a saúde. Não podemos descuidar do emprego sob pena de termos sérios problemas. Eu não adotaria esta posição”, colocou.
Heinze falou também sobre os esforços empreendidos para a liberação de recursos que beneficiem hospitais filantrópicos no Estado. Informou que protocolou projeto que libera valores dos fundos municipais e estaduais de saúde anteriores a 2019 – um decreto presidencial de dezembro já permite utilização dos saldos de 2020 em 2021. Segundo ele, Carazinho teria disponível em seu fundo municipal R$ 13 milhões. Para o Rio Grande do Sul são pouco mais de R$ 1,2 bilhão.
Já passou pela Câmara e agora será apreciado pelo Senado, um projeto de auxílio para empresários do entretenimento. Também já foi aprovado, segundo o progressista, projeto que prorroga parcelas do Pronampe, o Programa Nacional de Apoio à Microempresas. Somente em Carazinho foram realizadas 397 operações desta natureza, chegando a liberação de R$ 23 milhões.
Questionado sobre a indicação do cardiologista Marcelo Queiroga para o Ministério da Saúde, Heinze citou que existem políticos concentrados em “derrubar” o presidente Jair Bolsonaro, desviando o foco da saúde para questões ideológicas. “Estão pensando nas eleições do ano que vem. O próprio Senado andou pedindo o Impeachment do Bolsonaro sem ter nada de concreto, o que se tem são fofocas. Temos que nos concentrar em emprego e saúde”, mencionou Heinze, destacando que a liberação de registros de vacina precisa obter trâmites legais, o que nem sempre é célere.
“Acreditamos que até o final do ano, estaremos com toda população brasileira vacinada”, projetou.
Por fim, o senador lembrou a aprovação no Congresso da liberação de novas parcelas de auxílio emergencial, o que deve, segundo ele, injetar mais recursos na economia.
“No ano passado, 14.621 carazinhenses receberam o auxílio. Foram cerca de R$ 63 milhões que circularam e ajudaram a economia local”, pontuou.
Diário da Manhã
