A pandemia, a maior dos últimos 100 anos, completa seis meses no Brasil. O carnaval mal havia terminado quando o Brasil registrou o primeiro caso de covid-19. Ontem, terça-feira (25), a epidemia completou seis meses em território nacional.
De acordo com o Ministério da Saúde, a doença está presente em 98,4% dos municípios. São mais de 3 milhões e 699 mil casos confirmados e mais de 116 mil mortes, o que faz do Brasil o segundo país mais afetado, atrás apenas dos Estados Unidos.
Em Passo Fundo, em que o vírus foi oficialmente informado com o primeiro caso em 26 de março o semestre completa com 117 óbitos, com aproximadamente 5400 casos. No dia 20 de março, a realidade local começava a mudar, com a determinação da Prefeitura, a partir das determinações do Estado, do fechamento dos setores de comércio, bares, restaurantes, Igrejas, academias e casas noturnas, entre outros. Ficavam abertos no primeiro momento supermercados, farmácias e postos de combustíveis. Hoje a região chega à sétima semana consecutiva de bandeira vermelha, podendo adotar regras da bandeira laranja, a fim de que os estabelecimentos possam seguir com as atividades.
Após seis meses desde o primeiro caso de covid-19 no mundo, especialistas em comportamento acreditam que a experiência deve mudar os padrões de relacionamentos amorosos, de trabalho e do modo de vida para muito além do uso de máscaras e do álcool em gel. Eles preveem um aumento de conexão entre as pessoas, jornadas mais curtas de trabalho e o fim do supérfluo. Para a psicóloga Katree Zuanazzi, diretora do Instituto Brilhar Saúde e Mental de Curitiba, haverá uma mudança de valores. “A emergência da pandemia trouxe uma nova configuração de vida e mudou a forma de viver, pensar, agir e de escolher as prioridades em várias esferas da vida”, afirma.
Para ela, o pós-pandemia essas modificações vão se acentuar ainda mais. “Por ser um momento mais introspectivo, as pessoas perceberam seu posicionamento no mundo, analisando seu passado. Com esse distanciamento, vão conseguir enxergar o que era necessidade e o que era supérfluo”.
Foto Ilustrativa: Europa Press News / Superinteressante