O Rio Grande do Sul deveria colher um volume de 21 milhões de toneladas de soja em 2022. Era essa a expectativa para uma safra cheia. A seca, no entanto, que iniciou no final de outubro, está dizimando as lavouras. Em muitos casos, produtores rurais estimam que não compensa colocar uma colheitadeira rodar para colher as poucas vagens que sobreviverão à deficiência hídrica. Chuva nunca é tarde, irrigação sempre vai auxiliar algum tipo de cultura que esteja na terra ou as fontes de abastecimento de água que também estão secando, a condição do tempo pouca diferença, no entanto, fará daqui para frente, pois boa parte da lavoura já tentou frutificar e não conseguiu e as áreas cultivadas mais no tarde tiveram problema de germinação ou estão morrendo na fase inicial.

Em 2019, a soja rendeu mais de R$ 20 bilhões de reais no Rio Grande do Sul (segundo o governo do Estado), numa época em que a cotação da saca não passou de R$ 78,00. Hoje ao redor de R$ 180,00 a saca, com bem mais da metade da lavoura perdida, o prejuízo deverá ficar ao redor de 30 bilhões, até o momento. (Foto: lavoura de Leandro Hennrich/Passo Fundo)

Por João Altair, editoria de Agricultura e Pecuária , das Rádios Planalto 92.1 e 105.9