A medida que o mês de dezembro avança para seu final a seca castiga as lavouras de boa parte do Rio Grande do Sul. Sob o ápice do La Niña, que causa seca no Sul e castiga o norte e centro com chuvas, o clima mantém chuvas irregulares na região. No domingo, por exemplo, choveram mais de 30 milímetros em cidades da região de Sarandi, enquanto em Passo Fundo não houve registro. O cenário preocupa os agricultores, que já projetam perdas no milho e agora mais impactos.
No programa Cotações e Mercado, do último domingo, apresentado por Jair Ineri Lazarotto, foi feita uma análise com a equipe de cerealistas e agrônomos participantes. O engenheiro agrônomo Luciano Remor explicou que os danos no milho são muito expressivos. O déficit de chuvas é muito grande. No mês de novembro a região teve cerca de 44 milímetros de chuvas, enquanto a média é de 132 milímetros. O mês de dezembro, que já teve 20 dias decorridos, segue na mesma linha de baixas e irregulares chuvas. A média diária têm sido de 1.2 milímetros ao dia de chuva nas lavouras.
Muitos agricultores plantaram cultivares precoces de Soja e que exigem ao menos 4 milímetros de chuvas por dia. Há floração das plantas em um momento importante em que ela deveria receber boa chuva. Há uma indicação de que o mês vai encerrar nesta média de chuvas. Com isso Remor explicou que os agricultores estão lembrando da grande seca na safra de 2004/2005. Naquela safra o milho caiu em produtividade para 54 sacas por hectare e a soja em 28 hectares. A produtividade está diretamente relacionada ao volume de chuva, algo que está faltando neste momento.
Radio Uirapuru