São mais de 20 dias sem registro de chuva significativa em praticamente todo o Rio Grande do Sul e índices de disponibilidade hídrica do solo abaixo dos 40% especialmente na metade sul do estado. Mesmo com a passagem, até frequente, de frentes frias, a chuva que tem vindo forte com descargas elétricas e ventania, mas os acumulados têm sido baixos, insuficientes para reverter o déficit hídrico que muitos produtores vêm enfrentando.

Algumas áreas produtoras no Rio Grande do Sul já relataram perdas em sua safra como, por exemplo, o tabaco. O predomínio do tempo mais seco tem sido uma grande preocupação há semanas, até meses em algumas áreas. Os produtores de tabaco precisaram adiantar a colheita na tentativa de redução das perdas.

Próximos dias no RS
Segundo a meteorologista Amanda Souza, da Somar, a grande questão é daqui pra frente. Não há expectativa de grandes mudanças no tempo sobre o Rio Grande do Sul. “Até já começando falar da situação dos produtores de tabaco, mesmo após a finalização da colheita, as folhas que estão dentro de galpões ainda podem sofrer com as condições do tempo, com queda na qualidade devido ao tempo mais seco, baixos índices de umidade relativa do ar e o calor excessivo”, diz ela.

Nesses próximos dias, entre 12 e 18 de janeiro, há previsão de chuva com a chegada de uma nova frente fria, além da atuação de instabilidades em altos níveis da atmosfera e no interior do continente. Nesse período, há potencial para chuva na casa de 30 milímetros em algumas áreas do Rio Grande do Sul, como por exemplo, no extremo oeste e no extremo norte do estado, mas são pancadas pontuais, rápidas, intercaladas com períodos de sol. Vale ressaltar que a maior parte do Rio Grande do Sul deve receber acumulados inferiores a 15 milímetros distribuídos em um período de 7 dias, o que é bem pouco.

Fonte: Tempo Agora