Rússia é o primeiro País do mundo a registrar vacina contra o novo Coronavírus

Postado em 11 agosto 2020 09:11 por JEAcontece
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O presidente Vladimir Putin anunciou nesta terça-feira (11) que a Rússia é o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra o novo coronavírus. Apesar do anúncio, sabe-se pouco sobre a eficácia dessa vacina, e ela vem sendo questionada por especialistas internacionais.

A OMS tem uma página internet na qual mostra em que estágio de desenvolvimento estão as pesquisas de vacinas ao redor do mundo. A última atualização dessa informação foi feita em 31 de julho. Nela, consta que a vacina russa do Instituto Gamelaya está na fase 1 do processo – seria necessário observar três fases completas para começar a vacinar em massa.

O jornal “The New York Times” também mantém uma página em que rastreia os avanços das vacinas. Nela, também aparece a indicação de que a pesquisa russa está em um momento da fase inicial. A agência de notícia Reuters publicou um texto em que também afirma que a fase 3 não ocorreu no caso russo. Esta etapa é necessária para observar a reação das pessoas à vacina.

Sem detalhes sobre o processo russo
A Rússia não publicou nenhum estudo ou dado científico sobre os testes que realizou. Não se conhecem os detalhes sobre as fases do processo, que geralmente devem ser cumpridos antes de uma nova vacina ser aprovada e lançada no mercado.

Segundo o presidente Putin, no entanto, a vacina russa é “eficaz”, passou em todos os testes necessários e permite obter uma “imunidade estável” contra o COVID-19.

As agências internacionais informam ainda que o presidente russo afirmou que uma de suas filhas já tomou a vacina. Suas filhas são Maria, de 35 anos, e Ekaterina, 34. As agências não souberam informar qual delas teria tomado a vacina.

O que se sabe sobre a vacina russa?
Segundo o serviço da BBC em língua russa, a primeira vacina do país contra o coronavírus foi desenvolvida por cientistas do Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia (Gamaleya) junto ao Ministério da Defesa.

Em meados de junho, o ministério informou sobre a conclusão “bem-sucedida” de testes em voluntários no hospital militar Burdenko, mas não publicou nenhum tipo de evidência científica.

Não foi informado, por exemplo, quantas pessoas foram submetidas a testes, detalhes sobre os voluntários, nem informações sobre quanto duraria a resposta imune ou o tipo de imunidade que a vacina oferece.

G1

Postado em 11 agosto 2020 09:11 por JEAcontece
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