Estimativa extraoficial leva em conta percentual de remessas federais que costuma ser destinado aos gaúchos

Se for mantido o padrão de remessas de vacina contra a covid-19 para o Rio Grande do Sul, que costuma ficar próximo de 6% dos estoques federais, os gaúchos poderão contar com um número recorde de 3,7 milhões de doses de imunizantes ao longo do mês de agosto.

A confirmação dessa estimativa extraoficial, que também depende do cumprimento das entregas por parte dos fabricantes, corresponderia a um aumento de 70% na média diária de doses encaminhadas pelo Ministério da Saúde ao Estado em comparação aos primeiros 21 dias de junho.

Na noite de quarta-feira (21), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, divulgou uma nova previsão do cronograma de entregas de imunizantes para o país. A expectativa anterior de 60,5 milhões de doses a serem despachadas foi revisada para 63,3 milhões – ou 2,8 milhões a mais. Queiroga também confirmou que toda a população brasileira adulta deverá ser atendida com pelo menos uma injeção até setembro.

Esse acréscimo, caso se concretize, e se for mantida a proporção dos lotes que costuma caber aos gaúchos, poderia resultar em 168 mil aplicações a mais para o Estado em agosto em relação ao cronograma federal anterior, totalizando as 3,7 milhões de unidades. Em junho, o Rio Grande do Sul ficou com 5,8% de todos os envios federais.

Em razão da maior oferta de vacinas em relação ao estimado em meses anteriores, o Piratini já antecipou a previsão de atendimento de toda a população adulta do Estado com pelo menos uma dose do dia 20 para 7 de setembro deste ano. A programação inicial havia sido calculada sobre uma expectativa de envios mensais de 2 milhões de doses – patamar ultrapassado em maio e em junho, mês em que chegou a superar 2,3 milhões.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) não descarta a possibilidade de novas antecipações no calendário atual mediante a confirmação das novas entregas por parte do Ministério da Saúde. Oficialmente, porém, o Estado ainda não tem a garantia de quantas vacinas serão de fato recebidas.

O texto encaminhado pela SES diz que “ainda não foi feita essa avaliação” (em relação a um novo adiantamento das faixas etárias a serem contempladas), mas que “obviamente, se possível, vamos adiantar”.

Até o começo da tarde dessa quinta-feira (22), a SES contabilizou a aplicação de 5,7 milhões de primeiras doses no Rio Grande do Sul, e de 2,7 milhões de injeções complementares ou únicas (no caso do laboratório Janssen). Para alcançar a imunidade coletiva, que barra a circulação do vírus e permite uma maior volta à normalidade, é necessário completar o esquema vacinal de pelo menos 70% da população – o equivalente a 7,9 milhões de pessoas no Estado.

*GZH.