“Quem é a favor da vida não pode admitir a mistura do álcool com a direção”, afirma Diza Gonzaga

Postado em 20 maio 2022 09:06 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Diza Gonzaga perdeu seu filho em um acidente de trânsito nos anos 90. Desde então, criou a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga, onde ficou conhecida por debater questões sociais ligadas a segurança no trânsito e hoje é diretora institucional do Detran/RS.

Sabemos que o trânsito mata e que, na maioria das vezes, o álcool está por trás dos acidentes. No entanto, a Lei Seca chegou a ficar perto do fim, isso porque o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou ontem (19) a constitucionalidade da Lei nº 11.705, de 2008. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), a lei limita o direito constitucional de ir e vir, bem como penaliza do mesmo modo quem dirige embriagado e “quem apenas tomou uma taça de vinho”.

Falando sobre o assunto na Uirapuru, a diretora institucional do Detran/RS, Diza Gonzaga, que também é idealizadora e presidente voluntária da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga, onde ficou conhecida por debater questões sociais ligadas a segurança no trânsito, afirmou que quem é a favor da vida não pode admitir a mistura do álcool com a direção. Conforme Diza, além de perder a timidez, quem bebe ainda perde o reflexo e a percepção de distância, que na condução de um veículo pode ser fatal. Além disso, ela lembra que quem ingere bebida alcoólica coloca em risco não só a própria vida, mas também os outros, sejam pedestres ou motoristas.

Conforme a diretora, quando se fala em proteger nosso bem maior, que é a vida, não pode entrar em discussão a quantia ingerida de álcool, porque também existem outros fatores que acabam sendo influenciados pela bebida, como o psicológico, a alimentação. Por estes fatores, ela afirma que a Lei Seca não pode acabar e extingui-la seria voltar a patamares onde milhares de pessoas morriam devido a mistura do álcool com a direção.

Diza ainda destaca que os crimes no volante são muito pouco penalizados no Brasil, trazendo sensação de impunidade e colocando o país entre os cinco que mais matam no trânsito no mundo. Ela afirma que é uma vergonha participar de congressos e seminários com outros países e ver o Brasil tão mal posicionado em rankings de segurança no trânsito. Por isso, é preciso trabalhar diariamente na defesa da vida e na manutenção de leis como a Lei Seca, que desde que entrou em vigor diminuiu drasticamente o número de internações causadas por acidentes no país.

 

Planalto News

Postado em 20 maio 2022 09:06 por JEAcontece
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