Quadrilha passo-fundense aplicou golpes do bilhete e lesou vítimas em R$ 500 mil em Pelotas

Postado em 29 março 2019 15:03 por JEAcontece
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Em um dos golpes, uma idosa entregou R$ 250 mil. Operação foi feita em Passo Fundo e outras cidades gaúchas

A Polícia Civil deflagrou a Operação Stellio em Passo Fundo e outras cidades gaúchas na manhã desta sexta-feira (29). A ação foi feita pela 1ª Delegacia de Polícia de Pelotas e visa a desarticulação de uma quadrilha especializada no golpe do bilhete premiado.

A investigação apurou que os principais líderes da organização criminosa moram em Passo Fundo. Outros são de Caxias do Sul, Gravataí e Alvorada, cidades nas quais também ocorreu o cumprimento de ordens judiciais – mandados de busca e apreensão e de prisão -, durante a manhã.

Conforme a delegada Lisiane Mattarredona, as investigações duraram cerca de um ano, período em que 10 golpistas foram identificados. “Eles têm uma extensa ficha criminal. Esse grupo tinha ramificações em várias cidades, tendo como base Passo Fundo”, disse.

Golpe de R$ 250 mil
A investigação apurou que quatro pessoas foram vítimas dos golpistas em Pelotas, na região Sul do Estado: a estimativa é a de um prejuízo que chega a R$ 500 mil. Em um dos casos, uma idosa entregou, ao todo, R$ 250 mil aos criminosos, em outubro de 2018.

O modus operandi é o mesmo: uma pessoa com ‘aparência humilde’ aborda a vítima na rua e pede ajuda para resgatar um prêmio obtido na loteria. O suposto ganhador teria um bilhete com um prêmio geralmente na casa dos milhões. Ainda na abordagem na rua, outro golpista, bem-vestido, aproxima-se e diz que também ajudaria a resgatar. Este segundo apresenta uma quantia em dinheiro – geralmente falso – como prova de idoneidade; eles pedem que a vítima faça o mesmo.

Foi o que aconteceu com a idosa em Pelotas. Ele entregou uma quantia em dinheiro e também fez transferências para conta de duas pessoas, moradoras de Passo Fundo, que foram identificadas na investigação. No mesmo golpe, os bandidos ainda teria levado um cartão da vítima e fizeram compras em um shopping de Pelotas: foram comprados um aparelho de som e um telefone celular, ambos apreendidos nas diligências da operação, no município.

Em outros casos, os criminosos levaram joias da vítima, que também foram apreendidas em Passo Fundo, assim como notas falsas de reais, também são utilizadas no crime. “É um golpe antigo, mas que, infelizmente, muitas pessoas seguem caindo. Temos índices bem altos nessa modalidade em Pelotas”, disse Lisiane Mattarredona.

Prisões e apreensões
A Operação Stellio resultou em cinco prisões: quatro de forma preventiva e uma em flagrante. As quatro preventivas foram cumpridas no presídio de Guarapuava (PR) e uma no presídio de Soledade. A prisão em flagrante foi feita em Gravataí, na Região Metropolitana, durante cumprimento de um mandando de buscas e apreensão. Um homem foi preso por posse ilegal de arma de fogo. Esse indivíduo não teria ligação com os golpistas de Passo Fundo. Além disso, mais de R$1,7 mil em dinheiro foram apreendidos e objetos comprados com cartões das vítimas foram recuperados. As investigações continuam.

A Operação
A operação tinha como objetivo cumprir 24 mandados de busca e apreensão e sete de prisão preventiva. Destes, quatro mandados de busca foram cumpridos em Caxias do Sul; dois mandados de busca em Alvorada e Gravataí. Por fim, 16 mandados em Passo Fundo. A ação policial contou com a participação de policiais das cidades de Pelotas, Canguçu, Passo Fundo, Caxias do Sul, Gravataí, Alvorada, Soledade e Guarapuava (PR).

Nome da operação
O nome da operação é baseado no nome latino do réptil, associado por conta do formato das pintas que lhe cobrem o corpo, o qual foi associado a falsidade humana.

Postado em 29 março 2019 15:03 por JEAcontece
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