Uma professora de 29 anos suspeita de agredir crianças em uma creche de Tubarão, no sul de Santa Catarina, foi presa na segunda-feira pela Polícia Civil. Segundo o delegado Rubem Antônio Teston da Silva, um grupo de pais registrou queixa na polícia e no Conselho Tutelar. De acordo com eles, a professora era violenta com as crianças ao aplicar castigos truculentos e até agressão física.
A professora foi encaminhada ao Presídio Feminino de Tubarão. A Polícia Civil tinha informações sobre a atitude da professora há pelo menos duas semanas. Com uma câmera escondida, a investigação gravou a mulher agredindo uma criança de um ano e meio.
— Passamos a investigar a denúncia e conseguimos o flagrante através de um vídeo. Inicialmente, o caso era tratado como agressão, mas, depois do que vi, não tive dúvidas em ver que era o caso de tortura — afirma o responsável pela Delegacia de Proteção à Mulher, ao Menor e ao Idoso.
No vídeo de 1m52s, a suspeita aparece sentada em uma cadeira ao lado da vítima. Ela grita com o menino e o coloca de forma violenta sobre uma mesa e depois em uma cadeirinha. Assustada, a criança não para de chorar, o que irrita ainda mais a professora. A agressão aconteceu dentro de um ambiente da creche, diante de várias outras crianças. A mulher trabalhava há 11 anos como professora.
Na última sexta-feira, o delegado obteve um mandado de prisão preventiva da suspeita. No vídeo feito pelos investigadores que foram cumprir a ordem judicial na creche onde ocorreu o crime, a professora se mostra bastante tranquila e só pediu alguns instantes para pegar objetos pessoais e documentos.
O delegado não revelou o nome da mulher nem o local onde as agressões denunciadas aconteciam, mas o assunto veio à tona na tarde desta segunda-feira, no Blog do Visor, do colunista Rafael Martini.
A prisão preventiva, segundo o delegado, era necessária porque a investigação constatou que a professora oferecia risco à segurança dos alunos. Ela também trabalhava em outra creche, no município de Capivari de Baixo, vizinho a Tubarão. A reportagem não conseguiu acesso ao Presídio Regional para obter a versão da mulher sobre o caso.
Diário Catarinense