Porto Alegre foi palco de milagre reconhecido pelo Vaticano

Postado em 20 novembro 2014 06:58 por JEAcontece
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Homem que tinha sofrido parada cardíaca foi operado enquanto era reanimado por longo tempo e viveu 18 anos após o episódio

O Vaticano reconheceu como milagre um caso ocorrido em Porto Alegre. Um homem que tinha sofrido uma parada cardíaca foi operado enquanto era reanimado por longo tempo e viveu 18 anos após o episódio. O Vaticano reconheceu esse caso como milagre no processo de beatificação de Madre Assunta Marchetti, concluído no final do mês e comemorado com missa na Catedral de Porto Alegre domingo passado.

A missionária italiana passou a maior parte da vida no Brasil, atuando em São Paulo e nas cidades gaúchas de Farroupilha, Nova Bréscia e Bento Gonçalves. Ela morreu em 1948, mas o episódio que deu origem ao milagre ocorreu bem depois, em 1994, dentro do Hospital Mãe de Deus. O cardiologista Jorge Ilha foi uma das testemunhas ouvidas no processo do Vaticano. Foi Ilha o primeiro a perceber que o engenheiro do hospital, Heraclides Teixeira Filho, estava tendo um infarto.

Eles se cruzaram pelo corredor, quando Heraclides começou a passar mal. Durante o diagnóstico ele teve uma parada e, rapidamente, iniciou-se o processo de massagem cardíaca. Ao mesmo tempo, a sala e a equipe cirúrgica estavam prontas para recebê-lo, porque se preparavam para iniciar o procedimento em outro paciente. O cardiologista, que se considera um cientista sem religião, diz que não cabe a ele julgar se o que aconteceu naquele dia foi um milagre ou não, mas admite que foram muitas coincidências no caso.

” Ficamos fazendo massagem durante um tempo muito grande, levamos o Heraclides ao bloco cirúrgico sofrendo massagem durante todo o processo. Operamos um morto”, relatou o médico, acrescentando que tudo isso ocorreu durante cerca de uma hora.

Ao mesmo tempo que era operado, a irmã Jacira Onzi, de 82 anos, relembra o que ocorria em outro ponto do hospital.

“Nós estávamos almoçando e a irmã Gema, que estava no bloco cirúrgico, ligou para nós dizendo que o Heraclides tinha feito uma cirurgia, mas que o caso era grave, era quase impossível que ele pudesse resistir. Então a Madre Alice, que era nossa presidente na época, pegou um santinho com a imagem da Madre Assunta e colocou no sacrário”, relembra.

Em seguida todas as irmãs começaram a rezar. Heraclides não teve nenhuma sequela do episódio e morreu, 18 anos depois, em 2012. O processo de reconhecimento do milagre no Vaticano durou quase 15 anos. Para Madre Assunta ser considerada santa, ela ainda precisa ter mais um milagre reconhecido.

O que diz o arcebispo de Porto Alegre
Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, destacou que um dos principais benefícios desta beatificação é a popularização de Madre Assunta. Ele também reforçou que a Igreja é muito prudente quando acompanha esses processos.

” É um longo caminho até se chegar a declaração de beata, de que essa mulher é capaz de coisas extraordinárias”, disse.

O arcebispo de Porto Alegre foi ouvido em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade nesta quarta-feira (19).

(Clcirbs)

Postado em 20 novembro 2014 06:58 por JEAcontece
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