Os primeiros dados sobre infectados com a variante Ômicron começaram a ser divulgados. Apesar de ainda serem preliminares, indicam uma tendência: a infecção pode escapar da vacina, mas tende a ser leve graças a imunização.
Em entrevista na Uirapuru, o médico Dr. Júlio Stobbe, contou que, quando são diagnosticadas novas variantes do coronavírus em outros países, é porque já são inúmeros os casos. Por isso, Stobbe explica que é muito difícil impedir a propagação das variantes, mas o grande trunfo que a população mundial tem hoje são as vacinas.
Segundo o médico, a grande preocupação em nível mundial era exatamente a de que os não-vacinados em países com taxa baixa de vacinação poderiam prejudicar o resto do mundo. Isso porque, a medida que o vírus vai avançando e passando por diferentes organismos, ele sofre possibilidades de mutações, o que preocupa a comunidade científica mundial.
De acordo com Stobbe, aparentemente a Ômicron não é mais grave que a Delta, mas é cerca de quatro vezes mais contagiosa, sendo que os vacinados têm casos mais leves. Para evitar que a variante se propague ainda mais, ele alerta que a única saída é a vacinação em massa. Stobbe também reforçou que o uso da máscara deve continuar, porque a Ômicron tem a mesma forma de transmissão das outras variantes. Ainda afirmou que o passaporte vacinal é essencial para evitar novas contaminações, que ficam bem mais difíceis em ambientes com pessoas imunizadas.
Dr. Júlio Stobbe lembrou que as vacinas protegem a população de casos graves, mas não evitam 100% que contraia a doença. Na medida em que poucos são vacinados, a taxa de transmissibilidade aumenta e causa o risco de variantes diferentes aparecerem, inclusive com a possibilidade de algumas delas serem mais resistentes a vacina. Por isso, como população mundial, Stobbe ressalta que é preciso auxiliar países com poucas doses, algo que beneficia não só estes países, mas sim a economia mundial.
Rádio Uirapuru