Polícia detalha rota de assassino e esclarece ataque a creche com 4 mortos em Blumenau

Postado em 18 abril 2023 15:04 por JEAcontece
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O homem que matou quatro crianças no ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, vai responder por quatro homicídios consumados e por outros cinco tentados, todos eles quadruplamente qualificados.

As qualificadoras dos crimes são motivo torpe, uso de meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e prática contra menores de 14 anos.

A conclusão do inquérito da Polícia Civil sobre o caso foi anunciada em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (17), 12 dias após o ataque e quando foram retomadas as aulas na creche.

A investigação agora será repassada ao Ministério Público, que poderá dar andamento ao caso ao oferecer denúncia na Justiça.

Ao traçar um perfil do agressor e esclarecer as motivações do caso, o delegado Ronnie Reis Esteves, coordenador da Divisão de Investigação Criminal (DIC) em Blumenau, afirmou que o assassino se tornou usuário de cocaína há três anos e, por conta disso, passou a ter alucinações, o que se repetiu na ocasião em que criou uma narrativa na própria cabeça que teria motivado o ataque.

Foram identificados cocaína e álcool no organismo dele, mas não há confirmação sobre a quantidade e se houve uso no dia do ataque.

O assassino disse à Polícia Civil que queria mostrar coragem com o ato. O agressor ainda afirmou à Polícia Civil que não se arrependeu e que, se pudesse, teria feito novamente.

— É uma pessoa que não tem condição alguma de viver em sociedade. E nenhuma punição vai reparar o que ele fez — disse Esteves.

O delegado afirmou que o agressor ainda tentou apontar um policial militar como suposto mandante do ataque, o que foi refutado pela investigação e pelo próprio assassino posteriormente.

Esse policial, ouvido pela investigação, treinava na mesma academia do assassino, mas sequer o conhecia.

Além de policial, ele é competidor de jiu-jitsu e, segundo a Polícia Civil, era visto com admiração pelo assassino e foi colocado em uma narrativa alucinada como uma figura de coragem e um rival.

O delegado Rodrigo Raitez, também da DIC em Blumenau, afirmou, ao detalhar a dinâmica do crime, que o assassino disse ter cogitado ataque em outras duas escolas de Blumenau no dia do ocorrido, mas teria desistido devido aos muros serem altos.

Além disso, o delegado-geral afirmou que a perícia no celular do agressor descartou participação dele em células neonazistas ou grupos de ódio. Disse que o assassino participava de um grupo no Facebook sobre satanismo, mas descartou que integrasse alguma seita.

Também estiveram na coletiva a perita-geral da Polícia Científica no estado, Andressa Boer Fronza, o superintendente regional da Polícia Científica de Blumenau, Tiago Luchetta, os subcomandantes-gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), Alessandro José Machado e Reinaldo Onofre Laureano Júnior, respectivamente, e a secretaria-adjunta de Educação, Patrícia Lueders.

 

Fonte: Nsc Total

Postado em 18 abril 2023 15:04 por JEAcontece
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