Conforme informações divulgadas na quinta-feira (19-04) pela Emater/RS-Ascar, através do Informativo Conjuntural, apesar da ocorrência de chuvas em algumas regiões produtoras de milho, a situação da cultura não se alterou em relação à perspectiva de baixa produção. A precipitação apenas beneficiou as lavouras de milho do tarde implantadas no final de fevereiro e no início de março, fora do limite indicado pelo Zoneamento Agroclimático. Essas áreas apresentam bom aspecto, com perspectiva de produzir um bom volume de matéria verde para alimentação dos animais. Em algumas áreas nos municípios próximos ao Rio Uruguai, já começou o corte para silagem. A safra do milho já atinge os 77% de produto colhido, apresentando perdas de 42,58% do esperado inicialmente.
A situação da soja também é semelhante à do milho, com perda já calculada em 43,12% sobre a expectativa do ano. A cultura, nesse momento, encontra-se em ritmo acelerado de colheita, atingindo aproximadamente 77% da área plantada. A comercialização da soja está se processando rapidamente no Rio Grande do Sul, em virtude dos bons preços praticados no mercado. O valor médio da saca da oleaginosa foi de R$ 52,63 na semana, ganhando mais 0,67% sobre a anterior.
Na maioria das regiões produtoras de feijão safrinha, a cultura encontra-se na fase de formação de vagens e maturação, sendo prejudicada ainda pela falta de umidade, especialmente nos últimos dias, causando abortamento de flores e deficiência de vagens. Com isso, o rendimento das lavouras será afetado. Nas regiões do Alto Jacuí, Noroeste Colonial e de Celeiro, as chuvas ocorridas no último período beneficiaram a lavoura.
No Estado, a evolução da lavoura de arroz é muito boa, chegando a fase de colheita aos 80% da área inicialmente prevista. Em muitas áreas das regiões Central, Sul, da Campanha e da Fronteira Oeste, a colheita aproxima-se do final. Em alguns municípios, as produtividades estão bastante altas, ao redor das 8 t/ha de média. Em outros, como na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a falta de água para a irrigação foi o principal fator de redução de área cultivada e queda na produtividade.
Emater – RS