Painel encerrou as atividades do evento realizado nos dias 26 e 27 de novembro na UPF
Especialistas, autoridades e gestores de esferas públicas municipais, estaduais e federais debateram, no último dia do II Congresso de Infraestrutura, Transporte e Logística do Norte do RS (II Logistech), na sexta-feira (27/11), o tema “Soluções de infraestrutura logística para o Rio Grande do Sul”. O Congresso foi realizado no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo (UPF).
O debate sobre as alternativas para a infraestrutura logística no estado contou com a participação do reitor da UPF José Carlos Carles de Souza, do presidente da Fetransul Paulo Caleffi, do presidente da Câmara de Vereadores de Passo Fundo Márcio Patussi, dos deputados estaduais Juliano Roso e Gilmar Sossella e do senador Lasier Martins. A mediação do debate foi feita pela jornalista Zulmara Colussi.
O senador Lasier Martins enfatizou que a infraestrutura viária, especialmente o rodal rodoviário, é um dos maiores problemas brasileiros, principalmente devido à má governança. “Somos um país continental e monumentais são os nossos problemas. Os Estados Unidos têm 4,2 milhões de quilômetros de estradas pavimentadas e a China, em uma década, construiu 2,5 milhões de quilômetros de estrada. O Brasil tem apenas 212 mil quilômetros de estradas pavimentadas e mal conservadas. Esse país tem problemas de gestão há muito tempo e, assim, fica difícil construir a infraestrutura que precisamos”, declarou o senador.
O modelo de concessão de rodovias no estado também foi discutido pelos participantes. O deputado Gilmar Sossella disse que não é contra as concessões, mas que o modelo antigo que o RS manteve por anos não é aceitável, porque não realizou as melhorias necessárias, como as duplicações das rodovias.
O deputado estadual Juliano Roso salientou que apontar os problemas não é o mais importante neste momento. O fundamental é buscar soluções para a infraestrutura no estado. “Acho que temos que apostar nas parcerias público-privadas, mas essas parcerias não podem beneficiar meia dúzia de pessoas. O modelo de concessão tem que ser transparente. Outra saída é combater a sonegação fiscal, o contrabando e a pirataria. São recursos que ajudariam a enfrentar os desafios do estado. E a terceira alternativa é uma proposta que apresentei há poucos dias, autorizando o RS a cobrar impostos sobre os aviões no estado. Isso geraria R$ 400 milhões por ano aos cofres estaduais”, pontuou o deputado.
O II Logistech também abrangeu, neste segundo dia, a 1ª Feira Logística do Norte do Rio Grande do Sul e uma reunião com a Bancada Gaúcha dos deputados federais. O evento foi promovido pela UPF, pela B2M Produtora e pelo Sest/Senat.
(Assessoria de Imprensa da UPF)
Foto: Gelsoli Casagrande
