PASSO FUNDO – Pesquisa e cooperação internacional são temas de encontro de formação docente da UPF

Postado em 05 março 2015 16:02 por JEAcontece
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Instituição recebe o professor Walter Leal Filho, da University of Applied Sciences, de Hamburgo, Alemanha, para diversas atividades, dentre elas, a formação continuada de professores

Um trabalho de parceria e reciprocidade entre universidades, por meio de cooperação internacional, trouxe à Universidade de Passo Fundo (UPF) o professor Walter Leal Filho, da University of Applied Sciences, de Hamburgo, Alemanha. Com uma proposta de formação continuada dos professores que compõem o quadro docente da Instituição, a Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (VRPPG) da UPF ofereceu, na manhã desta terça-feira, dia 03 de março, uma palestra com o professor sobre “Publicações científicas, editoração e redes de parcerias acadêmicas internacionais”.

A presença de Walter na UPF foi articulada pela professora Luciana Londero Brandli, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia (PPGEng), que realizou pós-doutorado na Alemanha, sob supervisão do professor. Resultado do trabalho de cooperação internacional entre o Brasil e a Alemanha, um projeto da Capes possibilita a troca de experiência com Walter, que é pesquisador visitante especial e durante dois anos terá contato permanente com a Instituição.

Em busca de qualificação

Para o vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Leonardo José Gil Barcellos, essa ação denota o quanto a Instituição está empenhada na qualificação do quadro docente. “Tudo está interligado. Quando se apoia a saída de um professor para pós-doutorado no exterior, está se apoiando ações como essa. O professor foi preceptor da professora Luciana quando saiu para a Alemanha e, agora, há uma ação de reciprocidade entre as universidades”, comenta, enfatizando que a vice-reitoria tem essa prática de fomentar a divisão de conhecimentos entre os docentes quando há oportunidade de receber visitantes renomados e que, por meio de seus ensinamentos, contribuam com o aprimoramento profissional e docente.

A intenção, segundo o vice-reitor, é que outros professores também possam buscar conhecimento a nível internacional. “Nosso foco, hoje, é que aqueles que saem para pós-doutorado vão para grandes centros e para universidades renomadas do exterior, que reflitam em parcerias, em convênios, projetos conjuntos, melhoria da produção científica e parcerias internacionais, que é o que nos faz crescer e qualificar a pesquisa e pós-graduação”, considera. De acordo com Barcellos, foram mais de trinta professores da Instituição que, em seus programas de mestrado, doutorado e pós-doutorado no exterior, trouxeram parcerias e projetos em conjunto. “Está se materializando o que sempre buscamos”, define.

Publicações científicas e cooperação internacional

Na oportunidade, Walter explanou aos docentes o modo como funcionam o processo de produção científica e a preparação de papers. Além disso, destacou a importância da cooperação internacional e fez referência a algumas oportunidade nessa área. Conforme o professor, o elemento fundamental em termos de cooperação internacional é identificar pontos de interesse em comum e avaliar quais são os temas que unem as pessoas. “Cooperação vive disso: de sinergias temáticas. Isso tendo sido estabelecido, pode-se verificar quem iria financiar essa cooperação, e temos, hoje em dia, uma situação favorável, porque existem muitas fontes de financiamento em nível europeu e a nível bilateral, como Brasil-Alemanha”, aponta, esclarecendo as possibilidades que existem em termos de cooperação. “As pessoas reclamam que não há recursos. Há recursos sim. O fundamental é encontrar onde eles estão e buscar, e, para isso, as parcerias são fundamentais. Conhecendo a instituição e os temas de interesse, a cooperação evolui de forma muito natural”, assegura.

Na opinião de Walter, as publicações são indicadores de performance científica. Segundo ele, enquanto no passado era suficiente publicar um paper em conferência, hoje em dia, ter publicação em jornais com fatores de impacto é fundamental. “É um dos elementos que a agência de fomento à pesquisa utiliza para se avaliar se o pesquisador é ativo ou não, um indicador importante de produção científica e dá um devido peso em nível internacional. Quem publica se beneficia muito, quem não publica, perece”, salienta.

Sobre o cenário atual da pesquisa, o convidado destaca que existem boas pesquisas, porém, parte delas não são documentadas e uma porção ainda maior não é publicada. Para ele, esse é um panorama que deve ser revertido, principalmente com a publicação de alunos doutorandos, não somente após a conclusão de suas teses, mas durante o processo. “Durante o processo, o aluno de doutorado sempre tem objetos que podem subvencionar um paper, então seria interessante ativar isso. É interesse da parte do orientando, mas também do orientador, que deve chamar atenção sobre isso”, afirma, ressaltando sua satisfação em participar de atividades em Passo Fundo. “Preciso enfatizar o potencial muito grande que vejo na UPF. A cidade está crescendo e a Universidade dá grande atenção à pesquisa e, por isso, é um prazer estar aqui”, finaliza.

Walter é pesquisador visitante especial e durante dois anos terá contato permanente com a UPF

(Assessoria de Imprensa da Universidade de Passo Fundo)

Postado em 05 março 2015 16:02 por JEAcontece
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