Estudo foi um dos destaques da IV Mostra de TCCs do curso de Engenharia Civil da UPF

Para aperfeiçoar os projetos hidrossanitários em edificações, que abrangem os sistemas de distribuição de água e recolhimento dos esgotos, a acadêmica do curso de Engenharia Civil da Universidade de Passo Fundo (UPF) Paola Zardo pesquisou os benefícios oriundos da utilização de um novo sistema de representação: a tecnologia BIM (Modelagem de Informações da Construção).

Esse modelo tridimensional permite a visualização do projeto em 3D, evita desperdícios no processo de execução e, consequentemente, ajuda a reduzir os custos da obra. A pesquisa, orientada pela professora da Faculdade de Engenharia e Arquitetura (Fear) Dra. Vera Maria Cartana Fernandes, foi um dos destaques durante a IV Mostra de TCCs do curso de Engenharia Civil, realizada neste mês de dezembro, na UPF.

A aluna apresentou uma proposta de soluções em modelagem BIM para problemas de projetos hidrossanitários decorrentes da representação em CAD 2D, que é o modelo mais utilizado e tradicional para a elaboração desses projetos. A representação em nível 2D compreende a sobreposição de desenhos, o que, segundo a autora da pesquisa, sujeita as verificações apenas à percepção humana, que muitas vezes é falha. “Esse modelo tradicional torna mais difícil antecipar os problemas, fazendo com que os conflitos sejam constatados apenas no momento em que os sistemas já estão em processo de execução, quando alterações tardias de projetos acabam gerando altos custos e desperdícios”, aponta Paola.

Durante o trabalho, diferentes profissionais da construção civil foram ouvidos sobre esse modelo em 2D e, a partir dos dados obtidos, a acadêmica aplicou conceitos BIM e modelagem tridimensional virtual. “O objetivo foi comparar o modo de representação 2D, que é o mais utilizado, com esse novo jeito de representar o projeto, de maneira tridimensional e informatizada. Constatei que o uso do BIM favorece a interpretação do projeto, ajuda a tornar o projeto executivo muito mais produtivo e reduz custos de trabalho ocasionados pela falta de informações no projeto original”, destacou a pesquisadora.

Além disso, o trabalho apontou que a maioria dos profissionais entrevistados conhecem a tecnologia BIM, mas nem todos utilizam, devido ao custo dos softwares e à dificuldade de encontrar profissionais que dominam essa tecnologia. “A grande maioria dos profissionais conhece o BIM, apesar de poucos utilizarem a tecnologia. Entretanto, verifica-se que o BIM vem sendo cada vez mais incentivado na indústria da construção, indicando uma possível transformação desse setor nos próximos anos”, constatou Paola.

Foto: Natália Fávero
Assessoria de Imprensa Universidade de Passo Fundo