PASSO FUNDO – Mercado Arara: presa é suspeita de participar de golpe de R$ 300 mil em fornecedores

Postado em 07 fevereiro 2019 09:06 por JEAcontece
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Mulher seria a responsável por um mercado no centro de Passo Fundo que teria aplicado golpe em, pelo menos, 240 fornecedores nos últimos meses

Uma mulher de 48 anos foi presa preventivamente na tarde de quarta-feira (6),em um mercado na Avenida Sete de Setembro, no centro de Passo Fundo. Ela teve a prisão preventiva decretada pela justiça de São Bento do Sul, em Santa Catarina, onde é investigada por golpes em fornecedores.

Além disso, a Polícia Civil cumpriu quatro mandados de busca e apreensão no estabelecimento comercial e em três apartamentos de sócios. A presa já respondeu processos no Paraná, Santa Catarina e Capão da Canoa (RS), por estelionatos e associação criminosa. Além da prisão preventiva, a mulher também é investigada por ser responsável por uma empresa “arara”, no caso o mercado onde ela foi presa.

O golpe
Em Passo Fundo, a investigação começou no mês passado, conforme o delegado regional da Polícia Civil, Adroaldo Schenkel. “Recebemos a informação de que o mercado poderia ser uma empresa ‘arara’”, disse o delegado, que explica o jargão policial. “Você compra ou monta uma empresa, faz a primeira compra e paga. Depois, planeja uma série de compras para vencer lá na frente. Aí recebe os produtos e não paga mais.” A partir disso, os golpistas vendem as mercadorias e ficam com o lucro. “Nesse meio, são comuns centenas de fornecedores lesados, tributos não recolhidos, concorrência desleal com quem adquire e paga as mercadorias”, explicou o delegado.

Entre os policiais, o jargão tem relação com uma história que não tem data de origem nem local. Mas seria algo como uma loja que compra produtos para vender e não paga os fornecedores. Quando a polícia descobre o crime, encontra, no estabelecimentos, apenas araras, nas quais ficavam as mercadorias vendidas. Outra versão seria relacionada ao animal, por “falar muito”, algo relacionado pela polícia aos estelionatários.

R$ 300 mil
Conforme a investigação, até a semana passada, o mercado tinha contra si 240 protestos de empresas que não receberam valores pelos produtos fornecidos. Esse prejuízo chega na casa dos R$ 300 mil. Conforme Schenkel, o número de golpes pode ser maior, já que nem todos os prejudicados protestam na justiça pelos valores não recebidos.

Antes da prisão, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa da mulher e dos sócios. Dois malotes de documentos foram apreendidos, os quais serão analisados no inquérito. A investigação teve início com o Setor de Inteligência da 6ª Delegacia Regional da PC e segue agora com a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

A investigação desse tipo de caso é relativa a crimes de estelionato, associação criminosa e, por vezes, lavagem de dinheiro. Durante o cumprimento dos mandados, foi apreendida também uma carteira de identidade falsa com o nome de outra pessoa e foto da presa. A mulher foi recolhida ao sistema prisional.

Diário da Manhã

Postado em 07 fevereiro 2019 09:06 por JEAcontece
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