PASSO FUNDO – Manutenção de greve indica aulas em fevereiro

Postado em 11 outubro 2017 09:04 por JEAcontece
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Audiência nesta terça-feira (10), em Porto Alegre, pode dar fim à paralisação dos professores estaduais, em greve há mais de um mês. Com mês de janeiro já comprometido, continuidade reflete em aulas até fevereiro

Há mais de 30 dias em greve, os educadores estaduais realizam um novo ato público em Porto Alegre. De Passo Fundo, dois ônibus se deslocaram até a Praça da Matriz, na capital gaúcha, onde devem protestar em ato unificado dos servidores estaduais nesta terça-feira (10). Uma audiência está marcada em conjunto ao governo estadual na manhã de hoje, a qual decidirá a manutenção ou o fim da paralisação dos professores.

A greve dos professores, em razão do parcelamento e atraso de salários do governo estadual, reflete na programação do calendário letivo dos estudantes. De acordo com a 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), se mantida a greve nesta terça-feira (10), o mês de fevereiro estará ameaçado com o prosseguimento das aulas do calendário de 2017, visto que janeiro já foi comprometido em razão dos dias paralisados.

O coordenador da 7ª CRE, Elton Luiz D’Marchi, relata que o atraso no calendário preocupa a coordenadoria por dois motivos: os estudantes do terceiro ano que prestam vestibular no fim deste ano e o transporte público nos distritos de Passo Fundo. “Se os professores optarem por manter a greve, já ameaça o mês de fevereiro também. O grande problema está com os alunos do terceiro ano que fazem vestibular. Tem a questão do transporte público para os alunos do interior da cidade, porque a Prefeitura encerra as atividades de transporte na segunda quinzena de dezembro”, relata.

Em protesto contra o parcelamento dos salários dos servidores, os professores buscam ouvir o que o governo estadual oferece. Não está descartado um acordo com o Estado e, por consequência, o fim da paralisação, pelo menos neste momento. De acordo com o diretor do 7º Núcleo do Cpers Sindicato, Orlando Marcelino da Silva Filho, os educadores estão abertos para saber o nível de preocupação com os estudantes que terão o ano letivo prejudicado. “Isso não fomos nós que criamos. É o governo, responsabilidade deles. Vamos ver se estão preocupados ou não. Se a greve continuar, irá ficar mais complicado para o calendário a partir da próxima semana. A partir de quarta-feira iremos discutir o resultado da audiência em relação a greve. A greve continua forte, com mais adesão. A decisão depende deles, se haverá avanços significativos”, afirma.

Segundo o diretor regional do Cpers, a greve foi minimamente diminuída na última semana em razão da 16ª Jornada Nacional de Literatura, onde muitos professores participaram. Nesta semana, contudo, a adesão deve crescer, sobretudo pelo ingresso de professores da Escola Estadual General Prestes Guimarães, do bairro São José. O Cpers estipula que a adesão seja de 70% dos professores estaduais de Passo Fundo. Em outros municípios da região, a avaliação é de queda significativa na mobilização.

Apoio aos professores na Jornada

Na última semana, a abertura da 16ª Jornada Nacional de Literatura contou com vaias e protesto dos servidores estaduais contra o governo estadual. Na oportunidade, professores do Cpers Sindicato vaiaram o Estado com a presença do secretário da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul, Victor Hugo Alves da Silva, que representou o governador José Ivo Sartori. Durante pronunciamento do secretário, os professores foram em frente ao palco e abriram uma faixa com os dizeres “Sartori, a ausência dos professores na Jornada é culpa tua”. Na sexta-feira (6), data do encerramento da movimentação literária, o escritor Felipe Pena, que era um dos mediadores das conferências da Jornada, manifestou apoio aos professores estaduais e estendeu a faixa do Cpers Sindicato em cima do palco para o público de mais de duas mil pessoas presentes. “Ficamos bastante agraciados com a atitude do Pena. Isso fortaleceu o pessoal em continuar a greve, outros professores a começarem. Demonstrou uma força, um apoio diante de tudo que está acontecendo. A manifestação dele foi muito importante”, declara Orlando Marcelino.

Maioria das escolas em pleno funcionamento

De acordo com levantamento da 7ª CRE até o fechamento dessa edição, o número de escolas com atividades normais é superior ao de escolas parcialmente paralisadas ou totalmente paralisadas na região. Confira os dados: Escolas em Passo Fundo
Total: 39
Atividades normais: 21
Parcialmente paralisadas: 13
Totalmente paralisadas: 4
Escolas na região
Total: 84
Atividades normais: 68
Parcialmente paralisadas: 7
Totalmente paralisadas: 7

*Nem todas escolas de Passo Fundo e região atenderam ao levantamento da Coordenadoria

Diário da Manha

Postado em 11 outubro 2017 09:04 por JEAcontece
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