O processo da Semeato é hoje um dos mais importantes da 3ª Vara do Trabalho de Passo Fundo. São ao todo 354 ações já habilitadas no processo de cobrança, com um valor aproximado de R$ 20 milhões. A expectativa era a de que a venda do terreno da antiga fábrica 4 da Semeato, na BR-285, pudesse pagar as indenizações trabalhistas, mas, por duas vezes, o leilão não obteve sucesso.
No primeiro foi feito um lance de R$ 8,4 milhões, mas não houve o pagamento. No segundo, já comandado pela 3ª Vara, apesar de o lance mínimo ter sido baixado em 40% do valor da sua avaliação, que era de R$ 16,5 milhões, não houve interessados.
Em entrevista à Uirapuru, o juíz da 3ª Vara do Trabalho de Passo Fundo, Dr. Marcelo Caon Pereira, explicou que as quatro varas da cidade possuem ações contra a Semeato, mas coube à 3ª unificar os procedimentos de cobrança. Em razão disso, ao final o número de ações e os valores devem aumentar. O juiz destacou que a situação da Semeato é preocupante porque existe um desiquilíbrio financeiro econômico, mas ela não chega a ser falimentar.
Conforme o Dr. Pereira, com a iliquidez do imóvel da fábrica 4, a partir de agora serão tomadas outras providências para tentar cobrir a dívida do processo o mais rápido possível. A primeira será encontrar outros bens da empresa que tenham maior liquidez. Destacou que o patrimônio imobiliário da Semeato em Passo Fundo é grande e significativo.
O juiz Dr. Marcelo Caon Pereira frisou que o réu na Justiça de Trabalho é a Semeato, mas se ela não tiver condições de suportar o valor da dívida, seja pela ausência ou pela iliquidez de patrimônio, em um segundo momento serão investidos contra os imóveis dos sócios administradores da empresa.
Rádio Uirapuru