Nessa segunda-feira, 05, a Delegacia de Repressões Às Organizações Criminosas Organizadas (DRACO) da Polícia Civil de Passo Fundo, deu um grande avanço na investigação do crime que vitimou uma mulher de 79 anos, no dia 08 de agosto, no Bairro Vera Cruz em Passo Fundo.

O caso foi elucidado. Sete pessoas foram identificadas. Quatro estão presas.

Elsa Dipp dos Santos, 76 anos, foi assaltada e morta asfixiada após ser assaltada, na residência onde residia, na Rua Sete de Setembro, atrás do Girardi, proximidades da Rua Júlio Schiling.

Pelo menos dois bandidos chegaram pedindo por uma casa que a vítima tinha para alugar, conversam com a mulher, roubaram o carro dela e depois a mataram.

Segundo a filha da vítima, os criminosos também levaram diversos pertences do imóvel, como televisores e outros itens. Depois de cometerem o roubo, os dois bandidos fugiram.

PRISÕES
Poucas horas depois, a Brigada Militar efetuou a prisão de duas pessoas suspeitas de estarem envolvida no fato.

O setor de inteligência da Brigada Militar localizou o carro roubado e informou uma guarnição de serviço para que efetuasse a abordagem. O veículo foi interceptado atrás da rodoviária, na Vila Popular. O condutor foi identificado e relatou que recebeu R$ 10,00 de um indivíduo para abandonar o carro na Petrópolis.

Ele foi preso e informou a polícia quem teria lhe ofertado esse valor. Uma guarnição foi até a casa do homem informado, no Bairro Cruzeiro e o capturou quando tentava fugir da abordagem. O indivíduo que estava com o veículo confirmou que o mesmo havia lhe entregado o carro. Ambos foram conduzidos até a delegacia de plantão da Polícia Civil para ser lavrado o flagrante.

A partir daí, a Delegacia de Repressões as Organizações Criminosas Organizadas (DRACO), sob a coordenação do delegado Diogo Ferreira, iniciou investigações. Foi constatado um esquema de abusos e crimes cometidos em família contra a vítima idosa. A professora aposentada de 79 anos vivia sozinha e precisava de ajuda com os afazeres domésticos. Uma antiga conhecida aproximou-se da vítima com o pretexto de auxiliá-la, praticamente trabalhando como cuidadora da idosa e com isso teve acesso a sua residência.

Em dado momento, essa “cuidadora” tratou-se de trazer seu companheiro para fazer pequenos reparos na residência da vítima e, juntos, passaram a cometer pequenos furtos contra a idosa.

GOLPE
No início do mês de agosto, subtraíram o cartão da conta bancária da vítima e com ele efetuaram uma série de saques indevidos em sua conta corrente. O responsável por esses saques era o companheiro da filha da “cuidadora”, que inclusive restou preso ao tentar se livrar do carro da vítima após sua morte. Quando as economias da vítima acabaram devido aos saques indevidos, a filha da suposta “cuidadora”, seu companheiro e uma amiga ainda utilizaram o cartão da vítima para fazer compras no comércio local. Os prejuízos dessa ação ultrapassaram os R$8.000,00.

Essa sequência de crimes cometidos pela “cuidadora”; seu companheiro; sua filha e seu genro teve fim na noite em que, mais uma vez o genro da “cuidadora” em companhia de outro indivíduo até o momento não identificado, retornou à casa da vítima em uma noite chuvosa com o fim de roubá-la novamente. Dessa vez com emprego de violência, os dois indivíduos terminaram por matar a idosa asfixiada com um travesseiro, para lograrem êxito em sua ação criminosa.

As investigações para identificar o segundo autor desse terrível crime seguem em andamento.

A DONA ELZA
Elza Dipp dos Santos é natural de Soledade. Ela deixou o interior do município na adolescência para cursar Pedagogia na cidade de Passo Fundo. Por três décadas trabalhou na Escola Estadual Lucille Fragoso de Albuquerque. Depois, abriu a própria instituição de ensino, a Escola de Educação Infantil Tio Patinhas, atualmente fechada, e atuou na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Passo Fundo. A vítima ainda foi integrante do 7º núcleo do Cpers Sindicato e participava da associação de moradores do bairro.

O QUE DIZ O ADVOGADO DA FAMÍLIA?
O advogado criminalista, José Paulo Schneider, que representa a família de Elza, participou da programação da Planalto News e relatou que “receber a notícia, de que as investigações estão próximas de seu fim dá um alívio para a família que está sofrendo desde o dia em que aconteceu o fato”.

O jurista salientou que a dona Elza dedicou a vida dela para ensinar/educar. Ela foi professora em escolas públicas de Passo Fundo foi muitos anos, e por isso ganhou um carinho muito grande da comunidade.

Finalizando, o doutor parabenizou a Polícia Civil pelo trabalho investigativo e a resposta rápida que a DRACO trouxe para a família: “a equipe não mediu esforços para dar uma resposta justa e célere, que ajuda amenizar a dor da família”, destacou.

POLÍCIA
A investigação avançou e a elucidação foi confirmada, mas a Polícia Civil ainda trabalha para identificar o segundo autor do crime.

Rádio Planalto