Um bárbaro crime ocorrido em Passo Fundo completou três anos nesta semana sem que nenhum dos acusados pela morte de Paulo Fernando Radin Rodrigues, na época com 43 anos, tenha sido julgado

O crime ocorreu no dia 21 de julho de 2017, nas margens do Km 140. da ERS 153, na saída de Passo Fundo para Ernestina. Naquela ocasião, a vítima foi encontrada carbonizada no interior de uma caminhonete totalmente queimada.

Segundo apurado pela polícia Radin foi morto com disparos de arma de fogo e teve seu corpo queimado. Os policiais iniciaram as diligências e conseguiram identificar que cinco pessoas estariam envolvidas na execução. A companheira de Radim, dois filhos dela, o ex-marido e mais uma mulher foram indiciados por homicídio qualificado.

Paulo e a companheira estavam namorando há alguns meses. Neste período a vítima disponibilizou dinheiro e começou a administrar a clínica de idosos que pertencia a acusada, inclusive demitiu por divergências profissionais os dois filhos e o ex-marido dela, que trabalhavam no local.

Na noite anterior ao crime, a acusada registrou uma ocorrência de violência doméstica contra Paulo. No boletim ela informou que era mantida em cárcere privado e para comparecer na delegacia precisou dar remédios para dopar o namorado.

Ao sair da delegacia, ela chamou os filhos e o ex-marido para irem até a sua residência com o objetivo de retirar a arma que o companheiro usava.

Quando a família chegou na casa, Paulo acordou e foi obrigado a embarcar na própria caminhonete para ir até Delegacia. Mas no trajeto ocorreu um desentendimento e a mulher efetuou três disparos que mataram a vítima. Depois desse fato ela foi até a saída para Ernestina, onde ateou fogo na caminhonete.

Segundo a polícia civil, o inquérito policial foi remetido à justiça tão logo que foi concluído, e atualmente encontra-se em fase processual.

A reportagem da Rádio Uirapuru conversou com a ex-mulher de Paulo Fernando Radin Rodrigues, Alessandra Teixeira que relatou que apesar da demora, ainda acredita na punição dos acusados pelo crime. Ela disse ainda que teve um filho com Radim e que o menino sente muito a falta do pai. “Hoje ele tem seis anos e sempre pergunta pelo pai”, concluiu Alessandra.

Rádio Uirapuru