Solo ressequido, açudes sem água, ausência do verde nas pastagens da época, animais matando a sede nas últimas poças de água, nascentes, sangas e arroios com pequenos filetes da água, é o triste cenário que se vê no interior do município de Ibirubá. Já são sete meses com precipitação muito abaixo da média. A falta de chuva prejudica também a manutenção das estradas municipais. Mesmo estando em boas condições, a equipe de obras continua encascalhando alguns trechos visando o inverno, época em que as estradas precisam estar preparadas para suportar o transporte escolar e os caminhões que recolhem leite. Mas o trabalho também está em compasso de espera. Espera de chuva para que o solo fique macio e o cascalho possa ser compactado. É o que explica o chefe de obras Zalo Bueno. Ele destaca que a torcida agora é para quando chover, não seja grande quantidade em poucas horas o que causaria estragos nas estradas municipais que atualmente se encontram em ótimas condições. No entanto ele reconhece que é preciso que chova para amenizar os problemas da agricultura.
Um dos locais que mais chamou a atenção, quando da realização desta matéria, foi a nascente do Arroio Pulador na localidade de Alfredo Brenner, distante 11 quilômetros da cidade, na propriedade do agricultor Jorge Kunzler. Ele nos acompanhou até a vertente (foto), onde segundo ele a água corria abundante pela a mata. Com a seca apenas um pequeno filete de água escorre de uma bica que vai se transformar no arroio que corta a cidade, atualmente com pouquíssima água. O agricultor Jorge Kunsler nos revela que já houve seca pior, porém, não lembra o ano. Hoje ele se orgulha do reflorestamento que fez na nascente, com plantio de espécies nativas como angicos, pitangueiras, cambuatás e araucárias, trabalho esse que ele pretende continuar para proteger a nascente do Arroio Pulador.
Na quarta-feira, dia do fechamento desta edição, havia a expectativa de uma boa chuva, capaz de amenizar a seca, o que infelizmente não se confirmou. Agora a esperança é que as chuvas se normalizem nos meses de inverno para que tudo volte à normalidade.
jornalista João Batista Machado de Lima