Os Estados Unidos da América continuam mergulhados em uma das maiores crises financeiras desde a década de 30. Ainda possuem muita “gordura” para queimar do ponto de vista econômico. Sua sociedade continua rica, dinâmica e criativa.

O consumo no país continua fraco. E é isso que os mercados financeiros mundiais continuam refletindo. A ansiedade entre as famílias consumidores no país é tremenda diante do mercado de trabalho. Elas se retraem e procuram poupar a fim de diminuir dívidas pontuais.

Ao longo de 30 anos até o início dos anos 2000, as famílias deviam, em média, o equivalente a 75% de sua renda disponível. Hoje, devem 115%. O “desendividamento”, portanto, continua sua escalada.

No outro lado do Atlântico, o velho continente não consegue encontrar soluções definitivas para a crise dos países da zona do euro, principalmente, Portugal, Itália e Grécia, o que continua aumentando o temor de recessão mundial, deixando o mercado em dúvidas sobre a capacidade real de Obama (EUA) e Ângela Merkel (Alemanha) em enfrentar a crise com decisões políticas e econômicas que as duas potências podem oferecer.

Já no Brasil, como país em desenvolvimento, o governo tomou atitudes econômicas jamais vistas na história. Sinalizando para o mercado a disposição do governo com a manutenção do crescimento econômico e o retorno da SELIC para a casa de um dígito, movimenta o mercado com diversas medidas.
A boa notícia é que o capitalismo não vai acabar. Vai dar mais um passo na mesma direção do lento processo civilizatório, como tem feito. A população não vai deixar de se alimentar, demandando cada vez mais produção de alimento.
E é aí que está criada a oportunidade para o produtor rural. O aumento do poder aquisitivo da população não só permite uma melhor alimentação, mas também a compra de uma nova roupa (favorecendo o algodoeiro) ou simplesmente móveis que se originam das plantações de árvores nobres.

João Pedro Corazza
Gerente Comercial de Negócios de Commodities da Agroinvvesti