ONU retira maconha de lista de drogas mais perigosas

Postado em 03 dezembro 2020 09:06 por JEAcontece
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Decisão abre espaço para seu uso médico mais amplo

Em uma decisão que está sendo considerada como histórica, a Comissão para Narcóticas das Nações Unidas aprovou, nesta quarta-feira (2), a retirada da maconha e da resina derivada da cannabis, da lista das drogas mais perigosas. Ambas estavam classificadas como mais perigosas desde 1961, ao lado de outras substâncias como heroína.

A nova classificação retira o produto da lista de narcóticos mais perigosos, e assim abre mais espaço para seu uso médico mais amplo. Todavia, vale ressaltar que as demais resoluções propostas para garantir maior liberdade de uso não foram aprovadas.

A votação foi durante a 63ª sessão de Comissão de Drogas e Narcóticos da ONU, que é formada por 53 países-membros. A proposta teve 27 países favoráveis e outros 25 contra, incluindo o Brasil. A votação também contou com a abstenção da Ucrânia.

No entanto, Estados Unidos, Canadá e grande parte da Europa endossaram o apoio à proposta que já havia sido feita pela própria Organização Munidial da Saúde em 2019.

Acredita-se que a mudança na classificação, no entanto, não terá impacto imediato no afrouxamento dos controles internacionais sobre a maconha. Isso porque, com a aprovação do tratado, cada país pode decidir de qual forma lidar com o produto e a sua liberação ou proibição.

Defensores da mudança nas políticas de drogas ouvidos pela mídia norte-americana enxergam a reclassificação como positiva, já que muitos países buscam orientação sobre como agir durante as convenções globais.

Hoje, de fato, cerca de 40 países já reconhecem o uso medicinal da maconha. Mas a aprovação da ONU, na visão dos especialistas, abrirá a possibilidade para que outros governos tomem o mesmo caminho.

“A decisão é o reconhecimento de que (a maconha) tem uso médico”. “Isso vai facilitar acesso a remédios e pesquisa”, opinou analista político da Transform Drug Policy Foundation, Steve Rolles para o UOL. Para ele, a decisão corrige um “erro histórico”, tomado há 60 anos.

Foto: Reprodução

Postado em 03 dezembro 2020 09:06 por JEAcontece
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