Com a finalidade de apoiar a criação da Taxa Internacional Sobre as Transações Financeiras, a chamada de Taxa Robbin Hood (mítico fora da lei inglês que roubava dos ricos para dar aos pobres), representantes de organizações de defesa do meio ambiente, do setor de saúde, sindicalistas de várias partes do mundo entre outros, que participam de eventos paralelos à Rio+20, se reuniram no dia 19 de junho de 2012, na capital fluminense, para uma mobilização global a favor da taxa.
A campanha tem como objetivo pressionar os chefes de Estado a se comprometerem com a criação do imposto, que será destinado à promoção de postos de trabalho dignos e sustentáveis; ao combate à pobreza e a desigualdades; ao fortalecimento das ações contra as mudanças climáticas; além da promoção de serviços públicos, como de saúde e educação. De acordo com estudo da Confederação Sindical Internacional (CSI), feita em 13 países, 63% das pessoas consultadas apoiam a criação da Taxa Robbin Hood.
Para o secretário regional da InterAméricas da Internacional de Serviços Públicos (ISP), Jocélio Drummond, “esse seria um imposto sobre o capital que é usado para a especulação e investimentos, e que não gera nada de positivo, a não ser o lucro para o seu proprietário”, ressaltou.
O economista da organização não governamental Conselho Latino Americano e Caribenho de Organizações com Serviços em Aids, Cláudio Fernandes, disse que os recursos obtidos por meio da taxa também poderiam ampliar o tratamento e a prevenção da aids nos países mais necessitados, que atualmente só recebem investimentos maciços na época do carnaval.
“Nosso objetivo é conseguir a aprovação deste imposto, e depois vinculá-lo ao desenvolvimento humano e ambiental sustentável. Com a taxa, as contribuições deixariam de ser filantrópicas para se tornarem políticas públicas internacionais, de forma sistêmica”, disse.
Agência Brasil