Ondas de calor devem seguir até dia 26 de janeiro na região

Postado em 21 janeiro 2022 15:03 por JEAcontece
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Agrometeorologista explica fatores que influenciam nas altas temperaturas

A onda de calor que atinge o Rio Grande do Sul vem sendo motivo de debate entre a população, mas fica o questionamento: qual o motivo das altas temperaturas nos últimos dias? De acordo com o agrometeorologista, Gilberto Cunha, as altas temperaturas são resultado de dois fatores: a massa de ar quente e seca que está predominando sobre o continente e o La Niña, responsável por diminuir as temperaturas da superfície das águas dos oceanos, consequentemente, ocorre à redução das chuvas.

“Em função da pouca chuva que tem caído desde a primavera nessa região, provocada pelo La Niña, essa sensação de secura com calor se acentue. É claro que o calor e as temperaturas mais elevadas são agora no início do verão, agora a redução das chuvas já vem de mais tempo, são três meses que o sul do Brasil e a região de Passo Fundo estão com a quantidade bem mais baixa de chuva do chamado padrão normal do clima”, destacou.

O agrometereologista esclarece que a princípio até o dia 26 de janeiro as temperaturas altas no norte do estado vão persistir e sem chuvas regulares. No entanto, todos os dias terão a possibilidade de pancadas de chuvas isoladas no final da tarde ou início da noite.

“As projeções sinalizam temperaturas de até 38° C, mas nós deveremos ficar na região com temperaturas ao redor ou ultrapassar um pouco os 36° C. A temperatura mais elevadas que nós registramos nos últimos dias foi 35,7°C que foi no dia 18 de janeiro”, contou Gilberto.

Ele também detalha que as chuvas que acontecem na região, são consequência das temperaturas elevadas que acabam intensificando a evaporação e provocando nuvens de chuvas. “Não resolvem os nossos problemas, mas claro que atenuam a situação daquelas áreas que são atingidas pelas pancadas. Eu diria que qualquer chuva é bem vinda nessa época, mesmo dois ou três milímetros”, disse.

Apesar de tudo, o calor segue dentro da estabilidade natural do clima da região, principalmente quando há o domínio do fenômeno La Niña que deve seguir ativo pelo menos até o final do verão causando a irregularidade das chuvas.

“Essa situação poderia mudar se houver uma mudança na temperatura das águas do Oceano Atlântico aqui na costa do sul do Brasil. Elas não estão aquecidas, mas se elas se aquecerem haverá uma melhor distribuição das chuvas, o que é pouco provável de acontecer”, finalizou Gilberto.

Diário da Manhã

Postado em 21 janeiro 2022 15:03 por JEAcontece
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