Em 26 de novembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou a existência de uma nova variante de preocupação da covid-19 e deu a ela o nome de “Ômicron”. Com essa classificação, a nova variante foi colocada no mesmo grupo de versões do coronavírus que já causaram impacto na progressão da pandemia, como Alfa, Beta, Gama e Delta.
Ao redor do planeta, diversos países já anunciaram a identificação da mesma. No Brasil, há um caso suspeito, ainda não confirmado. Nos Estados Unidos, por exemplo, Nova Iorque já decretou emergência devido à possibilidade real da chegada da variante.
Em entrevista na Uirapuru, o pneumologista que atua nas unidades Covid do Hospital de Clínicas, Dr. Gustavo Szortyka, declarou que tudo que se tem sobre a Ômicron até o momento são dados preliminares. Ele afirma que, como ainda são poucos os casos ao redor do planeta, ainda é difícil tirar conclusões desses já identificados. Mas o que muda no nosso dia a dia até o momento, segundo Szortyka, é pouca coisa. De acordo com o pneumologista, devemos seguir com as mesmas estratégias de proteção pessoal usadas desde o início da pandemia, como uso de máscara, álcool gel e distanciamento social.
O médico também explica que essa nova variante parece ser um pouco mais transmissível que as outras cepas e a resposta de proteção da vacina sobre ela ainda está em aberto. Segundo Szortyka, é possível que essa nova variante escape da proteção da vacina, mas isso ainda está sendo estudado e as respostas dos testes deverão ser divulgadas nas próximas semanas.
O pneumologista afirma ainda que o fato de ter em torno de 70% da população brasileira protegida dá mais tranquilidade para enfrentar a Ômicron. Ele também revela que os relatos iniciais da nova cepa trazem uma perspectiva de apresentação menos especifica de sintomas respiratórios e mais de aspectos gerais, como o cansaço de quem é infectado por ela.
O grande medo da medicina, conforme relata o pneumologista, é que novas variantes possam escapar da proteção da vacina ou que apareça após a Ômicron uma mutação que a imunização não consiga englobar. Segundo o médico, vamos correr esse risco enquanto não tiver uma boa porcentagem da população mundial vacinada.
Rádio Uirapuru