Para um país que não tinha sequer uma dose de vacina contra a Covid-19, a construção de uma fábrica inteira para produzir imunizantes é como a realização de um sonho. São quase 500 profissionais que trabalham dia após dia para que tudo fique pronto o quanto antes. O processo todo vai agilizar demasiadamente a produção da Coronavac não só no país, mas também no mundo.
Mais de 70% da obra já está concluída. Quando tiver chegado em 100%, o IFA (ingrediente farmacêutico ativo), necessário para a produção da Coronavac, passará a ser feito na nova fábrica, não havendo mais necessidade de importação da matéria-prima para só então ocorrer o processo de envase da vacina.
O término previsto é para o final do mês de setembro. A nova fábrica terá capacidade de produção de 100 milhões de doses por ano.
A ideia é sim combater a pandemia da Covid-19, mas a fábrica também terá uma tecnologia capaz de produzir outros imunizantes.
O IFA que será produzido na nova fábrica será 100% adaptado à variante gama, hoje predominante no Brasil.
Segundo Dimas Covas, diretor do Butantan, a adaptação de vacinas das novas variantes é mais rápida que o desenvolvimento inicial. As etapas são encurtadas uma vez que a segurança, método e a produção de anticorpos já foram validadas.
Perto da nova fábrica, funciona uma outra, responsável pela produção da vacina da gripe. Esse espaço pode produzir também a Butanvac, que passa agora pela fase de testes em humanos. Caso a vacina seja aprovada pela Anvisa, e adotada no combate à pandemia, as duas fábricas poderão produzir cerca de 150 milhões de doses de vacina contra a Covid-19.
Fonte: CNN Brasil