O fenômeno climático La Niña está ganhando cada vez mais força, conforme dados da Met Sul Meteorologia. No Rio Grande do Sul já é possível perceber os efeitos, pois há dias as chuvas estão irregulares. No entanto, as previsões para os próximos meses não são positivas. A situação preocupa os agricultores que já possuem áreas plantadas.
Os agricultores temem pela falta de água em meses importantes para o desenvolvimento das lavouras. Porém, algo que não se via muito na região começa a ser registrado: a irrigação das lavouras. Quem pega a estrada está notando grandes equipamentos de irrigação nas lavouras da região, os chamados “pivôs”.
Em entrevista o gerente regional adjunto da Emater/RS-Ascar Passo Fundo, Dartanhã Luiz Vecchi, disse que a muito tempo a agricultura conta com os equipamentos de irrigação. Explicou que os agricultores acabam utilizando a tecnologia justamente quando são pegos pelos intemperes e fenômenos naturais adversos.
O gerente lembrou que neste ano estamos vivendo com o La Niña, mas que necessariamente não significa que ocorrerá uma falta excessiva de água, mas que na maioria dos casos é isso que acontece. Falou que nesse momento de falta de chuva, os produtores acabam fazendo o uso diretamente dos equipamentos de irrigação.
Vecchi destacou ainda, que no ano de 2019 os produtores já sofreram com uma estiagem que se prolongou até a metade deste ano. Após um pequeno período de chuva, já se deu inicio ao fenômeno do La Niña e quem possui os pivôs já está fazendo o uso para tentar amenizar os efeitos causados pela seca.
O gerente frisou que o uso da irrigação é uma garantir de que os produtores vão conseguir colher a produção prevista. Disse que a cada safra, os agricultores estão investindo e qualificando esse processo.
Segundo o gerente, o Rio Grande do Sul possui cerca de três milhões e trezentos hectares de área irrigada, o que representa apenas 17% de toda área cultivada. Um exemplo citado pelo gerente é na cultura do milho em 2018 eram 12% das lavouras irrigadas e hoje está batendo na marca de 14%.
Questionado sobre os valores de investimento, o gerente disse que isso pode variar e que vários fatores influenciam no processo de irrigação, como a topografia, água disponível, condições climáticas e o tipo de cultura.
Rádio Uirapuru