No Japão, pandemia enfrentada sem confinamento e com incentivos para a recuperação econômica

Postado em 22 outubro 2020 10:03 por JEAcontece
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No Japão, oito meses depois de registrar os primeiros casos do novo coronavírus, ainda não há confinamentos obrigatórios, multas ou quarentenas. Por outro lado, a vida volta pouco a pouco ao normal. Com uma população de mais de 126 milhões de habitantes, foram até esta quarta-feira, dia 21, 1.679 mortes. Foram ao todo 93.895 casos confirmados e desses 85.867 recuperados.

A taxa de mortalidade por 100 mil habitantes girou nos últimos dias em torno de 1, enquanto que nos EUA chegou a 64 e no Brasil passou de 70.

Escolas, restaurantes e bares estão abertos, os pontuais trens voltaram a estar cheios e o governo implementou campanhas nacionais para incentivar a população a viajar dentro do país e também estimulando a comer fora de casa, como estratégias para recuperar a economia.

É, segundo suas autoridades, o resultado de uma “abordagem única” à pandemia que os ajudou a manter o vírus sob controle e reduzir o impacto econômico.

“No Japão, estamos usando uma abordagem diferente da que tem sido usada na maior parte do mundo”, afirma Hitoshi Oshitani, professor de virologia da Tohoku University School of Medicine, em entrevista à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC). “Na maior parte do mundo, a estratégia tem sido tentar conter o coronavírus. Desde o início, não tínhamos esse objetivo. Optamos por algo diferente: decidimos aprender a conviver com esse vírus”, completa. Segundo Oshitani, para isso, “procuramos reduzir ao máximo a transmissão, mantendo as atividades sociais e econômicas”. Segundo Oshitani, um dos elementos que levaram o Japão e outros países asiáticos a estar mais bem preparados para fazer frente ao coronavírus é que, ao longo da histórias, eles sofreram com outras epidemias e estão localizados bem próximos da China.

“No Japão, estamos usando uma abordagem diferente da que tem sido usada na maior parte do mundo”, afirma Hitoshi Oshitani, professor de virologia da Tohoku University School of Medicine, em entrevista à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC). “Aqui a estratégia tem sido tentar conter o coronavírus. Desde o início, não tínhamos esse objetivo. Optamos por algo diferente: decidimos aprender a conviver com esse vírus”, completa.Segundo Oshitani, para isso, “procuramos reduzir ao máximo a transmissão, mantendo as atividades sociais e econômicas”.

Especialistas do Japão logo também chegaram a outra conclusão que alguns países ainda não aceitam e que a OMS, embora não tenha descartado, também não reconheceu categoricamente: que o coronavírus pode ser transmitido por via aérea.

Foi assim que surgiu a estratégia conhecida como “san mitsu”, uma recomendação de saúde pública que se tornou regra de ouro para conviver com o vírus:

  • evitar lugares com pouca ventilação
  • evitar lugares com muita gente
  • evitar lugar fechados onde as pessoas falam em voz alta

Como parte desse princípio, os eventos esportivos, por exemplo, são permitidos, mas as pessoas não podem gritar. Em muitos bares e restaurantes se pede aos clientes que falem em voz baixa ou ouçam música em vez de conversar.

Créditos: BBC

Postado em 22 outubro 2020 10:03 por JEAcontece
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