NÃO-ME-TOQUE – Soja: safra de peso começa pelo planejamento

Postado em 03 setembro 2021 06:13 por JEAcontece
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Comprar insumos, escolher a cultivar, contratar o seguro, manejar o solo corretamente, lidar com ervas daninhas, alcançar boa produtividade e vender no melhor momento. São inúmeros fatores que influenciam a safra e merecem atenção. Para ajudar na tomada de decisão, o Jornal Cotrijal traz nesta edição uma profunda análise, desde o planejamento da semeadura à comercialização da colheita.

O agricultor Walter Barth, de Victor Graeff, está animado com a próxima safra de soja. Sócio da Cotrijal desde 1973, ele sabe como poucos que não pode faltar planejamento.

O produtor espera iniciar a semeadora após o dia 20 de outubro. No inverno, ele investiu em trigo e cobertura de aveia já pensando no plantio de milho e soja. “A expectativa é a melhor possível, a gente vem se programando desde abril, comprando semente certificada, para começar bem a semeadura”, explica Barth.
Todos os insumos já foram adquiridos. Outro investimento foi em seguro. “Não dá para arriscar. O custo da lavoura é elevado e temos que garantir que não haverá prejuízo”, reflete.

Ano passado, Barth plantou 50 hectares de soja. A seca acabou prejudicando e a produtividade e a média fechou em 67 sacas por hectare. O produtor comercializou o lote futuro a R$ 90, o que parecia um bom negócio à época. Porém, o preço teve forte alta nos meses seguintes.

“Eu até brinquei lá na Cooperativa: não me avisem mais quando tem lote! Mas fiz o cálculo e agora vendi a lote novamente. Achei bom. A gente nunca sabe se o preço vai subir ou cair, tem que fazer uma média e garantir que não terá prejuízo”, analisa.

Experiente, o produtor sabe que para ter sucesso ao longo dos anos é preciso produzir bem e ter rentabilidade em anos favoráveis para estar preparado para os anos mais difíceis. Em todos os momentos, ele sabe onde buscar a orientação correta.

“A Cooperativa tem assistência técnica que acompanha a gente direto, sementes de qualidade e insumos à disposição. Isso faz toda diferença. A Cotrijal é a minha segunda família, faço tudo 100% com a Cooperativa”, afirma.GESTÃO DA PROPRIEDADE
Barth relata que na década de 1970 a produção de soja já era forte na região, porém a produtividade era bem diferente dos dias atuais. “Naquela época, quando colhia 30 ou 40 sc/ha, era uma baita safra.

“O pulo grande foi bem mais para frente, quando se começou investimentos em cobertura de solo, calagem, variedade de sementes e, depois, plantio direto. A principal diferença é em relação ao solo, que era bem degradado com muito capim-barba-de-bode e campo bruto”, relembra Barth.

Na safra 2020/21, a média de produtividade na região da Cotrijal ficou em 65,4 sc/ha, superior à média gaúcha. Para o superintendente de Produção Agropecuária da Cotrijal, Gelson Melo de Lima, para se manter produtivo não basta apenas plantar bem em um ano, mas ter foco na gestão da propriedade.
Lima explica que, além do capricho no campo, é fundamental gerenciar os riscos inerentes à atividade, com foco no clima e mercado. “O montante de dinheiro hoje envolvido na atividade agrícola é muito alto. As margens tendem a ser mais reduzidas. Imagina ter um revés fortíssimo em uma lavoura de soja ou milho. Quantas safras de sucesso tenho que ter para conseguir uma rentabilidade líquida para voltar ao patamar em que estava?”, questiona.

Para que os agricultores evitem sobressaltos, Lima destaca três pilares que o produtor não pode esquecer de colocar em prática: excelência na produção, gestão do negócio e bom comportamento financeiro.

Fonte: Assessoria de Imprensa e Marketing da Cotrijal

Postado em 03 setembro 2021 06:13 por JEAcontece
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