A construção do Memorial do Cemitério Católico de Não-Me-Toque está com a obra adiantada: 70% pronta. O Memorial vai renovar o espaço para futuros sepultamentos, retirando os restos mortais dos túmulos sem identificação ou considerados abandonados, que serão exumados e transferidos para o novo local. O pároco, frei Laerte Reis, que liderou a iniciativa, sofreu críticas, mas considera que o acesso a informações a comunidade entendeu a importância do projeto.

– O memorial foi uma alternativa que nos garante espaço futuro no cemitério. No momento não temos falta urgente de espaço, mas trabalhamos com planejamento. Todos os entes que forem removidos receberão respeito – explicou.

Caminhou pelo cemitério, enquanto concedia entrevista para o jornal A Folha, o frei Laerte relatou que o levantamento constatou 405 túmulos abandonados, que foram marcados com tinta. Destes, 120 foram identificados e reformados pelos familiares. A maior dificuldade está sendo na identificação das sepulturas de crianças, até agora, apenas 10% foram identificadas.

A Paróquia Cristo Rei trabalha na elaboração de um regimento para uso do espaço, que terá estrutura para receber cinzas sem custo algum.

O nome do memorial ainda não está definido. Para 2021, está prevista a construção do cemitério vertical. A edificação de quatro andares vai disponibilizar gavetas uma acima da outra para as urnas mortuárias. Mais comum em grandes cidades, priorizam o espaço e colaboram com menor impacto ao meio ambiente.

A Folha do Sul