NÃO-ME-TOQUE – Fórum da Soja discute desafios e perspectivas do agronegócio

Postado em 07 março 2018 17:00 por JEAcontece
15.292.411/0001-75

Plantio Direto é necessário para melhor rendimento do solo

Um dos eventos mais esperados da Expodireto Cotrijal é o Fórum Nacional da Soja, que completou sua 29ª edição neste ano. A programação reuniu produtores, empresários, pesquisadores e acadêmicos do setor que atuam no Brasil e no mundo para discutir o Plantio Direto e as suas contribuições para o sistema de produção.

Especialistas renomados sobre o tema realizaram três palestras que se estenderam até o início da tarde do segundo dia de feira, 6/3. Através de uma explanação que Marcos Fava Neves classifica como “agro humor” os presentes ouviram atentos sua projeção sobre o “Futuro do Agronegócio”. O professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo trouxe uma perspectiva favorável de crescimento para o Brasil no setor de agronegócios nos próximos anos.

“O Brasil tem exportado por ano 100 bilhões de dólares. E isso apenas em soja, milho, algodão e carnes. Nos próximos dez anos, a nossa exportação vai crescer 155 bilhões de dólares. É muita renda entrando na região e a perspectiva de preço é essa que está aí. Portanto, é necessário que os produtores saibam como construir margem, ou seja, ao preço atual tentar reduzir os custos de produção, para que tenham margens e consigam trazer todos estes bilhões de dólares que estão à disposição do Brasil no mercado mundial”, explica.

Pedro Francisco Müller, produtor de Tio Hugo, elogiou os temas escolhidos e disse ser muito interessante escutar o que José Ruedell, Antônio Luis Santi e Marcos Fava Neves trouxeram para o Fórum da Soja deste ano. Segundo ele, tudo que diz respeito a plantio direto e rotação de culturas é importante para atualizar os conhecimentos e levá-los para a propriedade.

Repensar o plantio direto

A primeira palestra do dia foi ministrada pelo coordenador técnico da Cooperativa Central Gaúcha Ltda. – CCGL, José Ruedell, e tratou sobre “Plantio Direto: história, motivações e fundamentos técnicos”. Ruedell fez um resgate histórico do processo, que considera uma grande revolução, principalmente na agricultura da América, onde está concentrada a maior parte do plantio direto do mundo.

No mundo, há um bilhão e 500 milhões de hectares sendo cultivados em Sistema de Plantio Direto, sendo 50% no Brasil, Argentina e Estados Unidos. Só no Brasil, são 160 milhões de hectares (10% do total). Apesar dos números positivos, o sistema está comprometido. “Estamos investindo demais em uma cultura ótima em termos de rentabilidade, a soja, mas que em termos de sustentabilidade do solo não é boa. Temos que ter outras culturas paralelas, não deixar espaço para que se tenha esse processo erosivo que começa a aparecer em muitas lavouras. Ainda mais que a soja é colhida entre fevereiro e março, então até a entrada das culturas de inverno você tem um espaço vazio que é perigoso”, alerta.

Cuidar do solo é fundamental

Antônio Luis Santi, representante do Fórum dos Pro-Reitores de Pós-Graduação e Pesquisa (Foprof) na Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão – Cbap, falou sobre o tema “A busca por altas produtividades: O solo, as plantas de cobertura e a qualidade da lavoura”. Santi destaca que a temática escolhida para sua fala, que também permeia várias discussões e eventos na programação da 19ª Expodireto Cotrijal, é pertinente e urgente e reforça que é possível atingir altas produtividades de soja e de milho repensando a qualidade do sistema.

“A base da alta produtividade é a qualidade do solo. Temos que repensar algumas questões oriundas do Plantio Direto. É preciso intensificar a rotação de culturas primando principalmente por coquetel de plantas, misturas de plantas ou consórcio de plantas, porque isso tem apressado e proporcionado uma melhoria mais rápida no solo. Devemos aproveitar este momento em que não estamos produzindo soja ou milho, para dar comida para a superfície”.

Para o engenheiro agrônomo, é necessário que os produtores busquem banir de vez o vazio outonal, já que após a colheita da soja há um longo período sem plantas crescendo em muitas lavouras, sem cobertura. Com isso o produtor será ineficiente em 25% do tempo, ou seja, há cada quatro anos em um deles não se produz palha no sistema.

Assessoria de Imprensa da Expodireto Cotrijal

Postado em 07 março 2018 17:00 por JEAcontece
15.292.411/0001-75
TAPERA TEMPO

Desenvolvido com 💜 por Life is a Loop