Especialistas em doenças, pragas e plantas daninhas, reunidos no auditório do Parque da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, na manhã desta terça-feira (2), foram unânimes: o conhecimento é a chave para fazer frente aos desafios que têm limitado a produção de grãos e aumentado custos. Falando para produtores e técnicos, durante o 63º Fórum Permanente do Agronegócio, eles apresentaram um panorama do que preocupa a pesquisa e apontaram caminhos em busca da sustentabilidade da agricultura.
O evento foi promovido pelo Canal Rural e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Rio Grande do Sul (Senar/RS), com o apoio da Cotrijal, e teve como tema central a utilização de altas tecnologias e o controle de pragas. Este é o segundo ano consecutivo que a cooperativa sedia o fórum. Em 2013, o debate centrou-se nas estratégias de combate à lagarta Helicoverpa armigera. O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, ressaltou que a cooperativa é sempre parceira nas iniciativas que levam informação de qualidade ao produtor. “Para alcançarmos melhor resultado no nosso negócio precisamos estar bem informados e nos cercar de pessoas e empresas que possam nos auxiliar. Esse é o compromisso da Cotrijal com seu produtor”, comentou.
O debate, que iniciou às 10 horas, foi transmitido ao vivo pelo Canal Rural e pelo C2 Rural (c2rural.com.br) e contou com a presença de cerca de 250 pessoas. As apresentações técnicas ficaram a cargo de Carlos Alberto Forcelini, agrônomo, doutor em Fitopatologia e professor da Universidade de Passo Fundo (RS); Dirceu Gassen, agronômo, consultor e integrante do Conselho Científico para Agricultura Sustentável; Osmar Conte, pesquisador da Embrapa Soja, em Londrina (PR), doutor em Ciências do Solo e um dos autores da publicação Resultados do Manejo Integrado de Pragas na Safra 2013/2014 no Paraná; e Mário Antonio Bianchi, pesquisador da CCGL Tec. Após as apresentações, produtores e espectadores puderam fazer perguntas aos painelistas.
SISTEMA DE PRODUÇÃO – Uma das preocupações dos quatro especialistas é que os manejos estão muito focados nos problemas específicos e no uso indiscriminado de químicos. O receio é de que os produtos disponíveis para o combate de plantas daninhas, doenças e pragas fiquem cada vez mais restritos, porque já há muitos problemas de resistência. “Para que eu tenha um controle eficiente, otimize o uso de produtos e as entradas na lavoura e consiga, assim, melhor resultado em produção e economicamente, o planejamento de todas as ações deve ser feito visando o melhor para o sistema de produção, e não trabalhado especificamente numa cultura ou praga”, alertam.
Até chegar ao mercado, um produto químico demanda muito investimento e aproximadamente 10 anos de pesquisa. Seguindo o que comentaram os especialistas durante o fórum, a orientação da Cotrijal é que o produtor esteja atento, monitore sua lavoura diariamente e busque junto ao Departamento Técnico a orientação adequada para cada situação. “O manejo integrado é a melhor estratégia para fazer frente a grande quantidade e variedade de pragas, doenças e plantas daninhas que podem causar perdas. E para cada situação e praga, doença ou planta daninha há um manejo específico, produtos mais adequados e tecnologia de aplicação mais apropriados”, recomenda o coordenador técnico do Departamento Técnico da Cotrijal, Fernando Geraldo Martins.
(Assessoria de Comunicação da Cotrijal)
